Todos nós, em algum momento, já usamos algum tipo de laser. As pessoas que trabalham em caixas de supermercado usam esses dispositivos para escanear o código de barras em suas compras, enquanto que os professores os utilizam para chamar a atenção dos alunos para itens específicos de uma apresentação. Já os donos de gatos adoram usar alguma caneta a laser para distrair seus bichinhos e transformá-los em sensações no YouTube.
Dito, podemos dizer que todos nós já estamos bastante familiarizados com um certo feixe de luz vermelha, não é mesmo? Mas você já parou para pensar por que a cor vermelha se faz tão presente? Por que será que a maioria dos dispositivos a laser nos dá apenas uma das várias cores que poderiam, em tese, ser utilizadas?
Para início de conversa, vale mencionar que é bem mais barato produzir dispositivos a laser que emitem luz vermelha sobre quaisquer outras variações. Mentes brilhantes já desenvolveram variações de laser em várias outras cores, mas os laser vermelhos continuam a reinar em termos econômicos. Portanto, eles são preferidos para a produção em massa e, consequentemente, mais populares nas prateleiras das lojas.
Então, por que é mais barato produzir um laser vermelho do que um de qualquer outra cor? Bem, para entender isso, precisamos compreender primeiramente como tudo isso funciona.
O que exatamente é um laser e como ele surgiu?
Um laser é uma fonte de luz altamente focada com brilho amplificado. De fato, a palavra laser é uma sigla em inglês que significa “Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de Radiação”. Em suma, um laser é produzido quando os elétrons de certos materiais são energizados pela absorção de energia de uma corrente elétrica.
Conforme mais energia é fornecida ao material, vários elétrons são energizados e se movem como um só para um estado de energia superior e, em seguida, de volta ao estado fundamental. Este fenômeno é denominado inversão de população e leva a uma explosão maior de energia, criando uma espécie de avalanche de luz conhecida como “emissão estimulada”. Essa enorme explosão de energia, concentrada em um único ponto, torna-se um laser.
O primeiro laser foi desenvolvido por um físico chamado Theodore Maiman enquanto trabalhava no Hughes Research Laboratories em Malibu em 1960. Seu laser utilizava uma haste de rubi sintético que era cortado de tal forma que fazia com que o feixe de luz o “ricocheteasse” por dentro, ganhando brilho durante o processo. A engenhoca emitia um feixe de luz estreito e brilhante com comprimento de onda de 694 nanômetros.
Curiosamente, quando Maiman apresentou suas descobertas para a comunidade científica, o laser não foi levado a sério, pois acreditava-se que ele não encontraria aplicações práticas no cotidiano.
Tá, mas por que o laser vermelho é tão popular?
A luz que emerge de um diodo semicondutor simples dos lasers comumente comprados nas populares lojinhas de produtos importados tende a estar na faixa de comprimento de onda de 700-800 nanômetros, variando da cor laranja ao vermelho. No entanto, não isso não se aplica a todas as cores, como no caso da cor verde, por exemplo.
Para produzir um laser verde, o comprimento de onda da luz emergente deve ser inferior a 600 nanômetros. A questão em torno disso é que produzir um feixe de luz focalizado em um comprimento de onda baixo é uma tarefa bem complicada.
Ou seja, a produção de um laser de luz verde requer alguns componentes mais especializados e, consequentemente, o laser vermelho se coloca como a opção mais econômica de se produzir. Por isso, esse tipo de laser continua sendo a variedade mais popular do mercado.
Uma palavra final
Com tudo o que vimos aqui, podemos dizer que os lasers vermelhos são compostos por luzes de comprimento de onda mais longo que podem ser produzidas usando um diodo simples. Em geral, esta opção é mais barata e, portanto, mais popularmente utilizada no mercado, embora lasers de outras cores sejam cada vez mais populares.
Vale destacar que o laser é hoje utilizado nas mais diversas aplicações. No campo da estética, por exemplo, ele tem sido utilizado como um auxiliador no tratamento de lesões na pele. No setor industrial, o laser de CO2 (dióxido de carbono) vem cada vez mais sendo utilizado para o corte e solda de diversos materiais com muita agilidade e eficácia.
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Por último, também não podemos deixar de citar que o laser também é largamente usado em sistemas de mira para armas de fogo. Curiosamente, em termos jurídicos, a legislação brasileira é omissa quanto ao uso de miras desse tipo; portanto, não há proibição quanto ao seu uso.
Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉