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Como alguns animais conseguem sobreviver em condições extremas?

Os corpos dos animais que conseguem sobreviver em condições extremas têm adaptações únicas para ambientes hostis.

Por razões óbvias, os humanos não podem viver confortavelmente na Antártica ou no Deserto do Saara sem grandes adaptações, mas isso não significa que absolutamente nenhuma criatura pode sobreviver nesses locais. De fato, você pode se surpreender ao encontrar animais vivendo a vida ao máximo sob as condições extremas dos ambientes mais estranhos, inóspitos e hostis da Terra.

Ao longo deste artigo, você vai conferir as nuances por trás das adaptações físicas e do estilo de vida dos animais que conseguem sobreviver em condições extremas.

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Foto: Pixabay

Como alguns animais conseguem viver no frio extremo?

Microrganismos e animais selvagens, por mais inteligentes que sejam, não conseguem tricotar um suéter para se manterem aquecidos. Em vez disso, é com a ajuda da evolução que os seus corpos se adaptam.

Os corpos dos pinguins, por exemplo, são naturalmente projetados para conservar o calor. Além disso, quando mergulham no mar gelado enquanto caçam, sua frequência cardíaca desacelera em 15%. Na prática, isso ajuda o corpo a conservar uma carga de energia que poderá ser usada para gerar mais calor corporal. Até mesmo as penas em seus corpos entram em cena, protegendo-os de ventos fortes.

Outros animais que vivem sob tais condições, como ursos polares, focas e raposas árticas, contam com características semelhantes. Muitos deles têm uma camada de pele mais espessa e seus corpos geram mais calor corporal.

Muitos microrganismos também se adaptaram para sobreviver no frio extremo e são chamados de “psicrófilos” (o que basicamente significa “amar o frio”). Em resumo, essas bactérias produzem substâncias semelhantes a geleias açucaradas chamadas exopolissacarídeos que, em última análise, agem como uma camada protetora. Curiosamente, algumas bactérias e fungos até produzem proteínas anticongelantes.

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Foto: Pixabay

Como alguns animais conseguem viver no calor extremo?

Bem, de um modo geral, a habilidade mais crucial que os organismos que vivem em climas extremamente quentes possuem é a capacidade de reter água. Nosso exemplo mais conhecido, o camelo, pode sobreviver por meses sem tomar água.

Curiosamente, um equívoco amplamente difundido é que os camelos armazenam água em suas corcovas, mas esse não é o caso. Essas corcundas são, na verdade, compostas por uma grande quantidade de tecido adiposo que os camelos usam como fonte alternativa de alimento, caso não encontrem mais nada para mastigar.

Os camelos são evolutivamente abençoados com o fato de precisar de menos água do que a grande maioria dos organismos. Suas células sanguíneas podem armazenar muito mais água, enquanto sua pelagem impede o camelo de suar e perder a umidade.

No Reino Vegetal, os cactos se adaptaram aos desertos armazenando água em seus caules e produzindo folhas espinhosas para evitar a perda de água por meio da transpiração. Eles também têm raízes extremamente finas que cobrem um grande raio, permitindo-lhes absorver todas as pequenas porções de água que têm a sorte de encontrar ao seu redor.

Já os microrganismos que sobrevivem no deserto tendem a permanecer inativos durante todo o ano, exceto quando chove. As membranas celulares desses microrganismos são muito mais flexíveis, permitindo que eles tenham mais fluidez, de forma que a água quente possa entrar e sair delas mais rapidamente. Alguns exemplos de bactérias hipertermofílicas são a Hyperthermus butylicus e a Methanopyrus kandleri.

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Foto: Pixabay

Quais outros lugares de condições extremas podem abrigar vida?

Além das regiões mais quentes e frias do planeta, existem muitos outros locais na Terra que compartilham condições igualmente severas, mas que ainda assim conseguem abrigar vida de alguma forma. Isso inclui ambientes com níveis extremos de acidez ou teor de sal absurdamente alto, como o Mar Morto.

Ocasionalmente, perto de minas, encontramos corpos d’água extremamente ácidos que são chamados de drenagem ácida de minas. Os elementos ácidos nas rochas, como o sulfeto de ferro, reagem com o oxigênio e a água, dando origem a lagos tão ácidos que podem dissolver metais pesados. Esses ambientes tóxicos não podem suportar grande vida animal, mas alguns microrganismos conseguem sobreviver lá de alguma forma.

Essas bactérias que gostam de ácidos (acidófilos), como a Acetobacter aceti, mantêm seu pH ideal produzindo um pouco mais proteínas alcalinas em seu corpo e bombeando prótons (íons H +). Na prática, isso ajuda a neutralizar a propriedade ácida do meio ambiente.

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Com tudo isso em mente, podemos dizer que os microrganismos são os campeões de sobrevivência em condições extremas. No fim das contas, eles alcançam essa proeza porque é muito mais difícil para formas de vida complexas (como grandes animais) sobreviver a pressões e temperaturas extremas.

Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉

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