Desde os tempos antigos, a humanidade busca entender o que há dentro de nós. Os antigos egípcios já manipulavam órgãos humanos enquanto os removiam para embalsamamento, enquanto que manuscritos médicos encontrados em uma antiga tumba chinesa podem ser os escritos anatômicos mais antigos conhecidos sobre o corpo humano.
No entanto, milhares de anos depois, dizer quantos órgãos existem no corpo humano ainda é uma tarefa mais complexa do que muitos imaginam, como veremos ao longo deste artigo.
A complexa tarefa de contar quantos órgãos tem o corpo humano
Quando se trata da contagem de órgãos no corpo humano, depende de quem você pergunta e como você conta. Embora ninguém saiba exatamente de onde se originou, a contagem geral gira em torno de 78 órgãos. Essa lista inclui os órgãos vitais e muitos outros órgãos únicos ou pares de órgãos. Enquanto isso, ossos e dentes são contados apenas uma vez.
Entre os anatomistas, os pontos de vista diferem sobre o que pode ser levado em conta como um órgão. Por exemplo, um histologista, que estuda os tecidos em nível microscópico, pode fazer uma lista de órgãos mais longa do que um anatomista macroscópico, que estuda o que é visível a olho nu.
Indo ainda mais a fundo, podemos citar o caso de quando cientistas ganharam manchetes em 2017 por rotular o mesentério (que liga o intestino à parede abdominal) como um novo órgão. Ainda que os cientistas tenham demorado para fornecer evidências para chamá-lo de órgão, isso não foi controverso, pois tanto histologistas quanto anatomistas concordavam com os detalhes da descoberta.
Por outro lado, não há nenhum grupo encarregado de manter uma contagem oficial dos órgãos ou devidamente certificado para decidir o que é considerado um órgão ou não (daí a complexidade de toda essa contagem).
As principais diferenças nas contagens dos órgãos do corpo humano
Pensando microscopicamente, quando vários tipos de tecidos se unem e funcionam juntos, a unidade constituída é considerada um órgão. A partir disso, podemos considerar, em tese, cada osso um órgão, pois todos os 206 ossos juntos formam um sistema orgânico.
Como os ossos já estão listados uma vez na lista de 78 que citamos anteriormente, para obter uma nova contagem do número total de órgãos usando essa definição, basta adicionarmos 205 para obtermos um total de 284 órgãos.
Se contarmos cada dente separadamente, a lista sobe para 315 órgãos. Muitos outros órgãos são listados apenas uma vez, embora existam muitos deles por todo o corpo. Por exemplo, ligamentos e tendões podem aumentar dramaticamente o número total de órgãos quando contados individualmente.
Dito isto, fica mais fácil de entender que contar cada unidade orgânica individualmente se tornaria uma tarefa interminável. Por conta disso, a lista de 78 órgãos costuma ser a mais aceita pela comunidade voltada ao estudo da anatomia humana.
Uma palavra final
Vale destacar que órgãos são coleções de tecidos que trabalham juntos para um objetivo comum. Em uma explicação básica, cada órgão desempenha uma função específica para o desempenho ou sobrevivência humana. No entanto, é importante deixar claro que nem todo órgão é necessário para a sobrevivência humana.
Na verdade, apenas cinco órgãos (cérebro, coração, fígado, pelo menos um rim e pelo menos um pulmão) são absolutamente essenciais para a vida. Perder a função total de qualquer um desses órgãos vitais significa uma morte iminente.
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Dito isto, é interessante pensarmos que o corpo humano pode sobreviver sem muitos órgãos ou simplesmente substituindo um órgão não funcional por um dispositivo médico capaz de realizar as mesmas funções de maneira controlada.
Um assunto muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉