A capacidade do corpo humano de curar e reparar a maioria de suas feridas é verdadeiramente notável. De pequenos cortes e arranhões a lesões mais graves, nossos corpos parecem estar em uma missão constante para nos manter intactos e saudáveis. No entanto, uma peculiaridade ocorre quando nossas feridas estão cicatrizando: elas coçam muito.
Em particular, isso geralmente acontece depois que as crostas começam a se formar e o processo de cicatrização passa a se mover na direção certa. Para muitas pessoas, coçar a ferida pode ser até prazeroso, o que muitas vezes pode ser um problema, visto que isso pode interromper o processo de cicatrização, tornando-o ainda mais demorado!
Dito isto, a pergunta que fica é: se o corpo humano é tão inteligente ao ponto de curar a si mesmo, então por que ele também causa tanta coceira nessas feridas? É essa a questão que iremos abordar ao longo deste artigo!
Entendendo como funciona o processo de cura do corpo humano
Para aqueles que pensam que a coceira de uma ferida em processo de cura é apenas uma das grandes contradições da natureza, saiba que esse é um efeito colateral normal de um dos estágios naturais de cura do corpo. Quando nosso corpo sofre uma lesão, vários processos químicos e físicos começam a proteger nosso corpo.
O primeiro trabalho é interromper qualquer sangramento de vasos sanguíneos rompidos. As plaquetas, células pegajosas presentes em nosso sangue, se unem e obstruem o vaso rompido, evitando a perda de sangue. Certas proteínas, chamadas de fibrina, criam uma malha onde as plaquetas obstruíram o vaso sanguíneo, o que forma um coágulo. Na prática, isso evita que os patógenos entrem no corpo para causar infecções ou doenças.
Logo depois, a ferida fica inflamada e vermelha. Nesse estágio, as células no local da ferida liberaram substâncias químicas que recrutam os glóbulos brancos do sangue para combater quaisquer patógenos que possam ter entrado no corpo.
Após essa resposta inicial, o processo de cura começa. Células especiais chamadas fibroblastos criam a proteína colágeno, que é o que torna nossa pele elástica e forte, ao mesmo tempo em que as células da pele começam a se multiplicar para substituir as células danificadas.
Então, por que as feridas coçam?
Enquanto ocorre tudo isso que foi citado anteriormente, o coágulo na ferida tende a endurecer e virar uma crosta, ao mesmo tempo em que a pele ao redor da crosta começa a se esticar. É aí que começa a coceira!
Cada centímetro quadrado de nossa pele está conectado a nervos, que nos fornecem os estímulos sensíveis ao toque. Existem também muitas fibras nervosas específicas da coceira localizadas na pele. Essas fibras informam ao nosso sistema nervoso central que algo está irritando a pele em um determinado ponto, com a intenção de provocar uma resposta protetora do corpo.
Quando nosso corpo sofre uma lesão, novas células se formam perto das bordas do ferimento e, em seguida, movem-se para a base do ferimento. Depois que essas células migram para o centro da ferida, elas se conectam com outras células próximas. Feita essa conexão, as células se contraem, efetivamente “fechando a ferida”.
Embora benéfica, essa migração de células causa um estresse na região afetada, o que ativa os neurônios sensíveis à coceira, resultando em coceira. Além disso, as células imunológicas, como os mastócitos, produzem uma série de substâncias químicas, como as histaminas, que têm sido associadas à coceira.
Uma palavra final
Coçar uma ferida pode interferir no processo de cicatrização. Na prática, isso pode raspar o tecido recém-formado, perturbar as células em camadas mais profundas da pele e causar danos à pele saudável circundante. Tudo isso pode aumentar o risco de infecção, o que faz com que a ferida demore ainda mais para cicatrizar.
Embora os cientistas tenham descoberto tudo sobre as feridas que coçam, eles ainda estão coçando a cabeça sobre como a coceira funciona. Isso acontece porque ainda está sendo investigado como o cérebro decodifica e responde aos estímulos da coceira. De certo modo, entender como isso ocorre pode ser importante até mesmo para tratar certas doenças neurológicas em que a coceira é um sintoma.
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Independentemente disso, o fato é que a coceira das feridas durante é um bom sinal, pois significa que os processos químicos e mecânicos do nosso corpo estão funcionando corretamente. No entanto, é sempre bom ter cuidado para não atrapalhar o processo de cura ao tentar se aliviar!
As feridas que coçam tendem a ser um certo incômodo, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉