Se você costuma viajar de avião com frequência, conseguiria dizer quantas vezes você já se queixou de que a comida fornecida pelas companhias aéreas era insípida e sem gosto? Pois bem, se você acha a comida de avião um tanto “ruim”, saiba que você não está sozinho!
De acordo com estudos popularmente aceitos, a razão para a “comida ruim” das viagens de avião pode estar relacionada simplesmente a uma mudança em nossa capacidade de perceber o sabor. Em outras palavras, a verdade é que isso torna o nosso corpo o grande culpado, e não as companhias aéreas.
No entanto, ao longo deste artigo, vamos entrar em detalhes para explicar melhor os fatores que influenciam o sabor dos alimentos.
Mudanças corporais fazem a comida de avião parecer ruim
O Instituto Fraunhofer, uma organização de pesquisa com sede na Alemanha, conduziu um estudo para tentar descobrir por que um prato que seria perfeitamente aceitável em um restaurante sofisticado pode parecer ruim durante uma viagem de avião. Em uma simulação de cabine de aeronave, os pesquisadores testaram os ingredientes ao nível do mar e em condições pressurizadas, sendo que as diferenças de sabor provaram ser surpreendentes.
Nesse estudo, constatou-se que o ar dentro das cabines dos aviões é muito mais seco do que o ar que respiramos quando estamos no solo. Em alguns casos, ele é ainda mais seco do que certos desertos. A questão a ser observada aqui é que, em um ambiente como este, seus poderes de paladar e olfato começam a se dissipar, prejudicando o paladar.
Outro fator percebido é que, embora a cabine seja pressurizada para imitar a pressão do ar que você sentiria no solo, esta pressão ainda é menor do que a que você sentiria ao nível do mar. Nesse caso, os fluidos corporais do passageiro tendem a se mover para cima e as cavidades nasais ficam um pouco inchadas, mexendo com as papilas gustativas e tornando o sabor da comida desagradável.
Além disso, os pesquisadores descobriram que a temperatura e a pressão do ar mais baixas em um avião dificultam a detecção das moléculas transportadas pelo ar que estimulam as células sensoriais do nariz e desempenham um papel importante no processo de degustação. Em outras palavras, também é mais difícil sentir o cheiro de comida em um avião, prejudicando ainda mais toda a experiência culinária.
O método de produção dos alimentos também é diferente
Mesmo considerando todos os fatores mostrados aqui, talvez nem tudo isso seja culpa dos sentidos do corpo humano. A comida ruim dos aviões não pode ser atribuída exclusivamente às condições da cabine. Na verdade, também é possível que a comida não seja tão boa, afinal, preparar e servir comida saborosa para algumas centenas de pessoas acima das nuvens não é uma tarefa fácil.
Devido às normas de segurança alimentar, todas as refeições devem ser cozinhadas no chão, o que exige que a comida seja robusta. Na prática, esses requisitos para a produção em massa definitivamente limitam as mãos caprichosas dos chefs.
Basicamente, o fato é que o produto final nunca fica semelhante ao que os cozinheiros imaginaram inicialmente, até porque os alimentos que eles preparam passam por muitas dificuldades antes de serem consumidos.
Depois que a comida é preparada, ela é resfriada e armazenada até a hora de ser carregada em um caminhão e, finalmente, ser colocada no avião onde será servida aos passageiros, possivelmente horas depois. Neste caso, a deterioração dos alimentos após o aquecimento ocorre naturalmente, de modo que até a comida não vegetariana muitas vezes acaba se tornando seca e dura.
O que pode ser feito para melhorar isso?
Basicamente, não podemos usar as mesmas receitas para refeições aéreas que usaríamos em terra firme, mas isso não significa que as refeições servidas em aviões não possam ter um sabor agradável. Aparentemente, os chefs têm tentado dominar a arte e a ciência de adaptar receitas às mudanças no sabor dos alimentos em grandes altitudes.
Por exemplo, as refeições servidas nas primeiras classes costumam ser preparadas de forma diferente. Em resumo, elas são feitas de uma forma que leva em consideração o processo de reaquecimento, para que não sejam cozidas demais da conta.
Além disso, como os alimentos doces e salgados são os que mais sofrem com as mudanças de altitude, as companhias aéreas passaram a adicionar mais sal e temperos durante o preparo para dar mais vigor aos alimentos.
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Embora esses serviços sejam geralmente limitados aos passageiros da primeira classe, todos nós precisamos ter paciência e esperar até que sejam encontradas melhores soluções para a produção em massa de alimentos que levem em consideração todas as mudanças ambientais que ocorrem durante um voo.
Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉