Geralmente, os fracassos são vistos como coisas totalmente negativas, mas o que pouca gente percebe é que alguns infortúnios podem levar a grandes descobertas. Talvez um dos melhores exemplos disso seja a invenção da pólvora, que surgiu por acidente em uma época onde a busca pela imortalidade era levada muito a sério.
Ao longo desse artigo, nós vamos explorar um pouco da história da pólvora, ao mesmo tempo em que analisamos as suas maiores contribuições para a civilização como a conhecemos.
O curioso descobrimento da pólvora
Por volta do século IX, vários alquimistas chineses demonstravam um enorme empenho em tentar descobrir algum tipo de fórmula que fosse capaz de resultar em um elixir que pudesse proporcionar a imortalidade.
Os registros da época relatam que, enquanto experimentava salitre (nitrato de potássio), um alquimista, cujo nome permanece desconhecido até hoje, se deparou com uma fórmula surpreendente que mudaria os rumos do mundo para sempre.
Obviamente, a mistura descoberta pelo tal alquimista não lhe concedeu vida eterna ou algo do tipo, mas explodiu de maneira espetacular quando entrou em contato com o fogo.
Assim surgiu a pólvora, que levaria à invenção dos fogos de artifício anos mais tarde, embora alguns historiadores acreditem que eles tenham surgido na Índia ou no Oriente Médio.
Os fogos de artifício derivados da pólvora
Os primeiros fogos de artifício eram feitos com brotos de bambu cheios de pólvora. Com o passar do tempo, os tubos de papel acabaram substituindo pouco a pouco os brotos de bambu, de modo que a pólvora passou a ser misturada com elementos químicos variados para promover explosões em cores diferentes.
É importante deixar claro que, embora os fogos de artifício sejam bonitos e excelentes para celebrações, a pólvora, assim como muitas outras coisas ao longo da história, foi rapidamente adaptada para usos militares.
Há registros que sugerem que o primeiro uso da pólvora em guerra ocorreu em 904 d.C., quando as forças da dinastia Song utilizaram a substância contra os mongóis.
Uma palavra final
Embora não se saiba exatamente quem foi o alquimista que obteve a primeira mistura conhecida de pólvora, é comum ver o nome do inventor e comandante militar Choe Museon ser associado à invenção. Ainda assim, esse raciocínio não é o correto.
Na verdade, Choe Museon ganhou notoriedade por permitir que a Coreia produzisse pólvora internamente, obtendo a receita para a mistura de um comerciante chinês, bem como inventando várias armas baseadas em pólvora na tentativa de repelir os piratas wokou que saqueavam as regiões costeiras da Península Coreana.
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No fim das contas, o fato é que assim como a descoberta do fósforo, a invenção da pólvora ajudou a comprovar que alguns alquimistas com ideias bem bizarras foram capazes de desenvolver coisas muito úteis para a civilização humana.
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