As bombas nucleares são armas de destruição em massa. Elas aproveitam as forças que mantêm o núcleo de um átomo unido usando a energia liberada quando as partículas desse núcleo (nêutrons e prótons) são divididas ou fundidas. Mas, afinal de contas, quando e onde ocorreu a explosão da primeira bomba nuclear?
Neste artigo, você vai ficar por dentro da Experiência Trinity, nome usado para descrever o primeiro teste de arma nuclear já realizado.
A explosão da primeira bomba nuclear
Foi em 16 de julho de 1945 que ocorreu a explosão da primeira bomba nuclear da história. Parte do projeto denominado Experiência Trinity, a explosão aconteceu em um local de testes localizado a 336 km ao sul de Los Alamos, nas planícies áridas conhecidas como Jornada del Muerto, no estado americano do Novo México.
Na ocasião, o dispositivo de plutônio, chamado Gadget, foi içado em uma torre de 30 metros e detonado precisamente às 5:30 da manhã, liberando uma energia equivalente a 18,6 kilotons de TNT, o que instantaneamente vaporizou a torre e fundiu a areia do deserto em uma espécie de vidro esverdeado que posteriormente veio a ser chamado de trinitita.
Vale destacar que a onda de choque foi sentida a mais de 160 km de distância e o sucesso do teste Trinity significava que uma bomba atômica realmente poderia ser preparada para uso militar por parte dos Estados Unidos.
Local onde ocorreu a explosão da primeira bomba nuclear se transformou em atração turística
Atualmente, o local onde a primeira bomba nuclear explodiu (conhecido localmente como “Trinity site”) é aberto ao público apenas duas vezes por ano, no primeiro sábado dos meses de abril e outubro. Cada vez que o local é aberto para visitações, milhares de pessoas fazem uma espécie de peregrinação para verificar de perto a cratera deixada pelo primeiro teste de uma bomba atômica na história.
Bem no centro do local, existe um obelisco de três metros de altura feito de um tipo de rocha negra que serve para marcar o ponto zero onde a bomba nuclear foi detonada. O lugar também inclui os remanescentes de um acampamento onde cerca de 250 cientistas, soldados e técnicos se abrigaram para assistir a detonação a cerca de 9 km de distância do ponto zero.
Apenas alguns pedaços de vidro verde altamente radioativo permanecem em um recinto protegido. Fora da área cercada do marco zero também encontra-se Jumbo, um contêiner de aço de 214 toneladas construído para conter o plutônio caso os explosivos da bomba detonassem e nenhuma explosão nuclear ocorresse. No entanto, o tal Jumbo não chegou a ser usado.
Uma palavra final
Mais de sessenta anos após o teste, a radiação residual no local ainda apresenta uma taxa cerca de dez vezes maior que a radiação normal da região. Para se ter uma ideia, se uma pessoa permanecer lá por cerca de uma hora pode acabar sendo exposta à metade da radiação recebida através de fontes naturais em um dia normal.
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Por conta de todos esses fatores de risco, torna-se necessário controlar o número de visitas e o tempo de exposição das pessoas nesse local.
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