Se você costuma ficar por dentro do que acontece no mundo dos smartphones, já deve estar ciente do hype em torno dos celulares dobráveis. Sabemos que eles têm um forte apelo e que há empresas sugerindo que eles serão o futuro da telefonia móvel, mas a questão é: quando poderemos ver os celulares dobráveis nas mãos do comprador médio?
Ao longo deste artigo, você vai ficar por dentro dos principais fatores que impedem os smartphones dobráveis de se tornarem populares.
Preço alto e baixa compatibilidade de apps jogam contra a popularização dos celulares dobráveis
Comecemos com o fator mais óbvio, mas talvez o mais importante: o preço. Embora a inovação seja sempre bem-vinda na indústria de tecnologia, nem sempre faz sentido querer que as pessoas gastem milhares de reais em um smartphone simplesmente por que ele é “capaz de dobrar”.
Felizmente, como é de sua natureza, a tecnologia tende a ficar mais barata com o tempo. Um celular de mil reais de 2021 pode fazer muito mais do que um de 2016 com o mesmo preço, por exemplo. Da mesma forma, os dobráveis podem se tornar populares se seguirem a mesma trajetória. À medida que a demanda aumenta, os celulares dobráveis poderão ficar cada vez mais acessíveis.
O outro problema é que, atualmente, não há aplicativos suficientes para aproveitar todas as vantagens do formato dobrável. Lembre-se que, de um modo geral, os desenvolvedores de aplicativos fazem seus aplicativos para as massas, não para os poucos entusiastas selecionados.
Os celulares dobráveis simplesmente não estão em mãos suficientes para que os desenvolvedores de aplicativos se importem com isso. Embora o Google esteja se esforçando para convencê-los a criar aplicativos para esses smartphones, esse esforço por si só não é suficiente para promover um desenvolvimento em grande escala de apps compatíveis.
Problemas estruturais e de confiabilidade também entram em cena
Embora os celulares dobráveis já tenham um exterior bastante durável, pois podem ser feitos dos mesmos materiais da parte de trás dos smartphones convencionais, seus painéis frontais ainda são muito fracos e sujeitos a arranhões. Infelizmente, isso é inevitável, dada a necessidade óbvia de contar com um material macio e flexível para permitir que a ação de dobramento ocorra.
Outro problema inevitável que todos os dobráveis enfrentaram até agora é o vinco na tela dobrável. O vidro de um smartphone comum (como Gorilla Glass Victus) é estático e, portanto, pode ser muito durável. Entretanto, como a tela de um telefone dobrável dobra e se desdobra várias vezes ao dia, ela tende a se enrugar no meio e deixar um vinco perceptível.
Como se esses problemas não fossem suficientes, há também a questão da durabilidade da bateria. Produzir um telefone dobrável significa sacrificar espaço interno para abrigar todas as peças móveis. Devido a isso, os celulares dobráveis geralmente têm uma duração de bateria medíocre, ou pelo menos não tão boa quanto a que eles poderiam ter se as partes móveis não ocupassem tanto espaço.
Para piorar a situação, vale destacar que uma tela AMOLED brilhante e com alta taxa de atualização já consome muita energia. Dito isto, como muitos celulares dobráveis têm uma tela principal maior, eles requerem mais energia do que o normal para continuar funcionando pelo mesmo tempo que os smartphones convencionais duram.
Celulares dobráveis poderão se tornar populares, mas não instantaneamente
Como você pode ver, para popularizar os celulares dobráveis, seus fabricantes precisam fazer alguns ajustes. Somente após isso é que seus benefícios em relação aos smartphones comuns poderão se destacar.
Alguns problemas são relativamente fáceis de superar e podem até ser feitos nos próximos anos, enquanto outros são mais desafiadores e podem levar mais tempo para serem totalmente superados.
Leia Também: Por que sentimos sede depois de comer doce?
Leia Também: Qual é o buraco mais profundo já cavado pelo ser humano?
Embora algumas pessoas argumentem que os smartphones de hoje são todos iguais, nunca houve um momento mais revolucionário para a tecnologia móvel do que a última década. Portanto, precisamos ter em mente que as coisas tecnológicas são complexas demais para fazermos qualquer previsão concreta sobre o futuro do setor.
Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉