Se há uma coisa que muita gente tem medo é a força invisível da turbulência em aviões. Mas será que isso é realmente perigoso? E, afinal de contas, o que causa isso?
As turbulências tendem a ser mais comuns quando as aeronaves atravessam nuvens, mas também podem acontecer de maneira repentina com céu claro por vários fatores associados à temperatura, velocidade ou pressão do ar.
O que exatamente é a turbulência?
Em suma, podemos definir a turbulência como a movimentação do ar em grandes altitudes capaz de fazer um avião balançar. Na prática, trata-se de um “movimento irregular” do ar de redemoinhos e fluxos verticais. Neste sentido, uma turbulência é bem diferente do vento que flui horizontalmente de diferentes direções, pois este último é facilmente medido por serviços meteorológicos.
De um modo geral, um fluxo turbulento pode ocorrer quando o vento muda de direção repentinamente ou quando uma tempestade chega a uma localidade. Por conta disso, ao contrário dos ventos comuns, os serviços meteorológicos não podem detectar facilmente sua presença, embora alguns itens que criam turbulências possam ser evitados.
O que pode causar uma turbulência?
De acordo com o Simple Flying, existem quatro tipos principais de turbulências, que são:
Turbulência mecânica: Esse tipo de turbulência geralmente ocorre quando as características do solo fazem com que o vento se acumule e forme redemoinhos verticais. Um bom exemplo disso seria onde as montanhas encontram as planícies ou os oceanos. Em casos desse tipo, o vento plano atinge a cordilheira e não tem para onde ir a não ser para cima, atingindo o tráfego aéreo e mudando de direção à medida que esfria. Curiosamente, algumas metrópoles tornaram-se grandes o suficiente ao ponto de formar redemoinhos sobre arranha-céus e outras áreas urbanas densas.
Turbulência térmica: O calor também pode desempenhar um grande impacto na formação de uma turbulência. Quando é aquecido pelo sol, o ar começa a subir e a esfriar. No entanto, o sol não aquece o ar de maneira uniforme, de modo que diferentes superfícies podem gerar mais calor refletido do que outras (como o concreto, em comparação aos oceanos). Desse modo, as correntes de ar quente formam pilares de turbulência que podem afetar a aterrissagem das aeronaves e, eventualmente, formar tempestades.
Turbulência frontal: Mais comum nos meses de inverno, esse tipo de turbulência ocorre quando uma massa de ar frio atinge o ar quente, formando uma “onda” de vento que empurra todos os objetos para cima. Se houver uma tempestade neste ambiente, a turbulência pode ser extrema.
Turbulência de cisalhamento do vento (windshear): Este último tipo de turbulência acontece quando o vento muda diretamente o trajeto da aeronave. Pode ocorrer horizontal ou verticalmente e em qualquer altitude da atmosfera, geralmente em decorrência de outros fenômenos como trovoadas e nuvens convectivas, frentes frias, correntes de jato e inversões de temperatura, etc. A rápida variação do vento pode comprometer a capacidade da aeronave de manter a trajetória desejada principalmente durante pousos.
Como isso tudo afeta os aviões?
Em suma, existem quatro níveis de turbulência em aviões:
Turbulência leve: Pequenos solavancos, quase imperceptíveis pelos passageiros;
Turbulência moderada: Solavancos maiores, de modo que passageiros andando pela cabine podem perder o equilíbrio;
Turbulência severa: Grandes mudanças na altitude e velocidade do ar. Neste caso, os passageiros em pé podem ser jogados pela cabine de forma mais violenta;
Turbulência extrema: Podem ocorrer danos estruturais na aeronave.
Ainda assim, tenha em mente que as turbulências são ocorrências naturais que costumam ser abordadas de maneiras totalmente seguras por parte da tripulação. Os piores casos de turbulências ocorrem mais perto do solo, mas os pilotos são especialmente treinados para lidar com todas as condições.
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Em situações em que o avião perde altitude rapidamente, a aeronave pode descer até o ponto em que o ar muda, fazendo com que os pilotos recuperem totalmente o controle em questão de segundos. Como sempre, é melhor manter o cinto de segurança o tempo todo.
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