Vivemos em um mundo onde existem mais de 7 bilhões de pessoas, podemos imaginar que cada uma delas possuem características únicas e ainda assim podem ser parecidas em alguns aspectos. Por exemplo, o nosso tipo sanguíneo pode ser o mesmo que o de outra pessoa, seja ela da nossa família ou não.
Por falar em tipo sanguíneo, você já parou para se perguntar se é possível mudar ele? Bom, essa é uma dúvida que muitas pessoas possuem e nem todas encontram uma resposta convincente. Caso você possua essa dúvida, pode ficar tranquilo, pois temos a resposta e vamos te contar agora mesmo.
Tipos Sanguíneos
Como bem sabemos, existem 4 tipos sanguíneos, sendo eles: A, B, AB e O, além disso, eles se subdividem em Rh positivo e Rh negativo, assim podendo apresentar 8 variações. Além disso tudo, atualmente sabemos que cada tipo sanguíneo carrega anticorpos contra antígenos do outro tipo, ou seja, antígenos que o organismo do indivíduo não possui e esse fator é extremamente importante na hora da doação e transfusão de sangue.
Além desses tipos sanguíneos que mencionamos acima, existe um outro que é extremamente raro. Esse tipo sanguíneo é conhecido como “sangue dourado” (falaremos mais sobre ele em um outro post) e ele só foi identificado em apenas 43 pessoas do mundo.
Afinal de Contas, É Possível Mudar o Tipo Sanguíneo?
Em 2007, um grupo de cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica descobriram uma forma de transformar todos os tipos sanguíneos em O, o famoso doador universal. Isso se tornou possível porque os cientistas utilizaram uma enzima que retira o excesso de açúcar dos sangues de tipo A e B e deixa eles mais parecidos com o sangue do tipo O.
A enzima utilizada no processo foi criada através de uma técnica chamada de evolução dirigida. Nesse processo onde foram usadas bactérias com mutações específicas inseridas em seus DNA, assim deixando a enzima ainda mais poderosa.
A técnica é considerada revolucionária, já que até onde tínhamos conhecimento, era impossível mudar o nosso tipo sanguíneo, mas ela ainda não é perfeita. Isso porque o “novo sangue” pode conter resquícios dos açúcares dos outros tipos sanguíneos e assim, podem provocar reações imunológicas nos pacientes.
No ano passado, um estudo publicado na Nature Microbiology por um outro grupo de cientistas da mesma universidade apontou que a técnica estava sendo aprimorada. A nova técnica estava utilizando uma bactéria encontrada dentro do próprio organismo humano.
No estudo, um dos cientistas fala:
Ao rastrear uma biblioteca de enzimas do microbioma intestinal usando substratos fluorogênicos que imitam os carboidratos do antígeno sanguíneo, identificamos um conjunto de enzimas expressas por uma bactéria particular, a Flavonifractor plautii, que são capazes de clivar o antígeno A de maneira muito eficiente.
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Com o estudo avançando, provavelmente, será possível realizar a troca de tipo sanguíneo muito em breve e isso deve ajudar principalmente na questão da falta de sangue para transfusão de alguns pacientes.
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