Poucas coisas conseguem ser mais revigorantes do que uma brisa forte em uma manhã fria de outono ou um vento suave soprando as areias de uma praia no verão. O vento é algo que experimentamos quase todos os dias, sendo algo tão onipresente que acaba sendo fácil ignorar, pelo menos até o surgimento de uma tempestade ou de um tornado. Mas, por falar nisso, você sabe de onde vêm os ventos?
A partir de nossas perspectivas individuais, o vento tende a ser visto como um fenômeno localizado, mas como observaremos ao longo deste artigo, ele é um subproduto de enormes ciclos globais de pressão, temperatura e umidade.
Como se formam os ventos?
Basicamente, os ventos surgem por causa das diferenças de pressão e temperatura da Terra, que são causadas pelo aquecimento desigual de nosso planeta pelo sol. Outro fator crucial por trás do vento é o próprio ar, a atmosfera ao nosso redor, que é composta de nitrogênio, oxigênio e vapor de água, junto com várias outras moléculas que podem ser ignoradas por este assunto em particular.
Simplificando, o vento é causado pelo movimento desse ar de áreas de alta pressão para áreas de baixa pressão. A pressão do ar é definida como a quantidade de força que o ar exerce sobre uma área específica.
Quando uma grande massa de ar é aquecida pelo calor do sol, ela começa a se expandir, tornar-se mais leve, subir e se dispersar, exercendo menos pressão sobre a superfície de nosso planeta. Se o ar que sobe estiver cheio de vapor d’água, seu movimento também pode criar nuvens, tempestades e condições climáticas adversas.
Por outro lado, também existem áreas de alta pressão em torno dessas bolhas mais quentes. Quando essas condições de baixa pressão são criadas e o ar sobe, o ar de alta pressão (mais frio e mais seco) tende a preencher o espaço vazio acima do solo. Na prática, este movimento do ar é a tentativa da atmosfera de se equilibrar e encontrar estabilidade, criando o vendo no processo.
Como os ventos se movem?
A explicação acima pode dar a entender que o vento se move em linha reta, mas a verdade é que o nosso planeta está em constante rotação, o que adiciona uma variável interessante que afeta totalmente a forma como o vento se move pela superfície do planeta. O efeito Coriolis é o resultado dessa força rotacional exercida sobre qualquer coisa que se mova em relação à Terra.
Em suma, a rotação da Terra muda a direção do vento, de modo que o efeito Coriolis tende a “dobrar” a direção do vento em todo o planeta, resultando em ventos de leste, ventos de oeste e sistemas climáticos adversos como tempestades, furacões, monções e tornados.
Agora você pode estar se perguntando: como o mesmo movimento de ar que cria uma brisa suave também pode criar um furacão capaz de derrubar casas?
Bem, acontece que quando o ar se move através de um gradiente de pressão (de cima para baixo), ele gera uma certa quantidade de força. Se houver uma área de alta pressão e uma área de baixa pressão muito próximas uma da outra, o gradiente de pressão será tão alto que o ar mudará de local com mais força e a velocidade do vento aumentará rapidamente, dando origem a um furacão.
Uma palavra final
Vale destacar que, ao longo de toda a superfície do planeta, existem inúmeras regiões de alta e baixa pressão que estão constantemente mudando e se movendo. Em muitos casos, esses padrões podem ser facilmente observados através de relatórios meteorológicos e mapas de vento.
Na prática, a combinação da rotação da Terra, gradientes de pressão flutuantes e mudanças de temperatura acaba dando origem a ventos de intensidades variadas, desde uma brisa tilintando um sino de vento até rajadas com força de vendaval que podem derrubar construções em poucos minutos.
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Embora o vento seja fácil de ignorar na maioria das situações, ele é, na verdade, um sistema natural fascinante responsável pelos padrões climáticos e pelo equilíbrio atmosférico em todo o globo. O vento é basicamente como a atmosfera move o calor ao redor do planeta, representando um ciclo importante que afeta o clima sazonal, as chuvas e, consequentemente, todas as nossas vidas diárias.
A ciência por trás dos ventos é muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉