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Como surgiram os vírus?

Embora ainda haja muitas dúvidas sobre esse assunto, existem três hipóteses principais que tentam explicar como os vírus surgiram.

Os vírus são pequenos agentes infecciosos cujo único objetivo é infectar seres vivos, sejam bactérias, animais ou plantas. Curiosamente, eles são tão numerosos que acabam existindo mais vírus na Terra do que estrelas no universo, segundo a National Geographic. Mas, afinal de contas, de onde vêm esses microrganismos?

Bem, ninguém realmente sabe a resposta, mas a ciência sugere três teorias ou hipóteses possíveis, as quais serão analisadas ao longo deste artigo.

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Foto: Pixabay

A hipótese progressiva sobre como surgiram os vírus

A hipótese progressiva, como o nome sugere, afirma que os vírus progrediram ou surgiram a partir de elementos genéticos pequenos e simples. Essa ideia segue uma linha de raciocínio semelhante a como nós, seres humanos, progredimos evolutivamente.

Em suma, essa teoria argumenta que os vírus eram apenas peças especiais de informação genética. Eventualmente esses elementos genéticos de alguma forma ganharam o poder de entrar e sair das células vivas por conta própria, afinal, um vírus é basicamente um pedaço de DNA ou RNA protegido por uma capa proteica.

O mais intrigante nisso tudo é que essa hipótese sugere que os vírus podem ter vindo de nossos próprios genes. Isso porque existem genes especiais que temos em nosso genoma chamados transposons. Os transposons também são chamados de “genes saltadores”, pois têm a capacidade de “saltar” de um local para outro no genoma.

O raciocínio por trás dessa linha de pensamento é que os vírus são, na verdade, genes saltadores que ganharam a capacidade de deixar suas células, formando uma parceria com algumas proteínas e que, juntos, tornaram-se capazes de infectar outras células. Após a infecção, seu DNA / RNA é forçado para o genoma do hospedeiro, onde fazem novas cópias de si mesmos e continuam infectando outras células.

No entanto, o que essa hipótese não consegue explicar é como alguns vírus têm estruturas únicas, como proteínas de pico, que as células não possuem.

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Foto: Pixabay

A hipótese regressiva sobre como surgiram os vírus

Basicamente, essa teoria é o oposto da progressiva, como o próprio nome sugere. Esta tese não afirma que os vírus progrediram e se adaptaram para agir por si próprios; em vez disso, ela afirma que vírus são formas parasitárias reduzidas.

Existem alguns vírus realmente grandes, como o da varíola ou o Mimivírus (o maior vírus do mundo). Ainda que o Mimivírus ainda seja 50 vezes menor do que o diâmetro de um fio de cabelo, em comparação com seus semelhantes, ele é um verdadeiro monstro!

Esses agentes infecciosos pra lá de “massivos” levaram alguns cientistas a teorizar que os vírus surgiram a partir de organismos ancestrais muito complexos. A partir disso, é possível sugerir que esses seres ancestrais de alta complexidade trabalharam juntos em uma relação simbiótica.

Com o tempo, um organismo pode ter se tornado dependente demais do outro, perdendo seus genes essenciais (aqueles necessários para se multiplicar e realizar processos metabólicos). Nesse sentido, não havia necessidade de perder tempo e energia para manter genes para as ferramentas de replicação, já que o parceiro fazia a maior parte do trabalho.

Basicamente, sob a ótica dessa hipótese, os vírus eram, na verdade, células dependentes que evoluíram para microrganismos parasitas.

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Foto: Pixabay

A hipótese do vírus primeiro

Essa teoria sugere uma abordagem totalmente diferente. As duas hipóteses acima só são possíveis se as células já existiam antes dos vírus. No entanto, assim como o debate atemporal da galinha e do ovo, não temos certeza de qual veio primeiro.

E se os vírus surgiram primeiro? Na prática, as evidências mostram que o RNA foi a primeira molécula genética, não o DNA. Consequentemente, isso levou muitos pesquisadores a conjeturar que os vírus foram, na verdade, os primeiros organismos replicantes no mundo.

Antes de a vida se formar na Terra, quando o ambiente era volátil e inóspito, ele estava cheio de moléculas livres, assim como proteínas e ácidos nucleicos concorrentes. Como os vírus agregam principalmente RNA como material genético, alguns cientistas propõem que, bilhões de anos atrás, havia moléculas de RNA que se auto-replicavam. Em outras palavras, os vírus seriam “descendentes” dessas moléculas de RNA.

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No fim das contas, o fato é que não sabemos exatamente qual teoria é a correta. Cada tese pode ser defendida, mas todas contam com suas próprias deficiências. Ainda assim, pesquisas futuras em biologia estrutural e genômica podem lançar luz sobre a resposta correta. Felizmente, o que vier a ser descoberto poderá nos dar até mesmo uma dica sobre a origem da vida!

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