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Como era a vida no Velho Oeste?

A vida no Velho Oeste não era tão caótica como muitos imaginam, mas essa certamente não foi uma época fácil de viver.

Qualquer pessoa que já assistiu a um filme de faroeste tem uma certa impressão do quão “selvagem” era a vida no Velho Oeste. Trens eram comumente assaltados, o gado dos vaqueiros era frequentemente roubado e o xerife era geralmente um preguiçoso com pouco interesse em fazer cumprir a pouca lei que existia.

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Bem, pelo menos essa é a opinião dos cineastas. Mas o que os historiadores realmente têm a dizer sobre a vida no Velho Oeste?

Na verdade, o Velho Oeste era menos “selvagem” do que é muitas vezes retratado na cultura pop, mas certas áreas realmente tinham fortes correntes de violência, como veremos ao longo deste artigo.

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Foto: Pixabay

A vida no Velho Oeste era selvagem, mas não como os filmes geralmente retratam

O Velho Oeste abrangia uma vasta área que se estendia desde parte do Texas até a Costa Oeste dos Estados Unidos. No que diz respeito a um período de tempo, estamos falando sobre a década de 1850 até meados de 1890. É importante ressaltar que grande parte dessa vasta extensão do território americano era meio que uma “terra de ninguém”, o que significava que não havia muita supervisão federal.

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Essa falta de um governo centralizado é parcialmente responsável por nossa imaginação coletiva do Velho Oeste como um lugar turbulento e violento para se viver. De fato, esse período é geralmente descrito quase como um estado de total anarquia onde havia lutas entre criminosos, tribos indígenas e colonos quase todos os dias.

Embora batalhas dignas das representações de John Wayne tenham realmente acontecido (por exemplo, três pessoas morreram no tiroteio de 1881 em OK Corral no Território do Arizona), também houve períodos de paz que duraram tempo suficiente para os colonos desenvolverem um modo mais “civilizado” de sociedade.

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A versão idealizada por Hollywood mostra todos lutando por qualquer coisa, mas a verdade é que as pessoas da época já compreendiam as consequências negativas das guerras e, em vez disso, buscavam maneiras civis de resolver suas disputas. Por exemplo, proprietários de gado frequentemente dividiam extensos lotes de terra e formavam associações para documentar e atribuir direitos de pastagem.

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Foto: Pixabay

Violência era maior em áreas indígenas e em locais de exploração de minérios

Com o passar do tempo, a terra sob o controle dos índios americanos encolheu progressivamente, assim como suas liberdades. O Congresso Americano aprovou a Lei de Apropriações Indígenas em 1851, que permitiu a criação das primeiras reservas coloniais, uma decisão que fez com que os índios americanos fossem realocados à força e impedidos de sair sem permissão.

Ainda assim, o Velho Oeste não era uma espécie de pequena utopia governamental para os colonos brancos, e há quem tenha estudado muito para provar isso. Mathieu Couttenier, economista político da Universidade de Lyon, na França, investigou as estatísticas de crimes nos anos 1800 em um estudo de 2017 publicado no Journal of the European Economic Association.

Segundo o estudo de Couttenier, partes do Velho Oeste eram comprovadamente mais violentas do que os estados do Leste, especialmente em lugares onde ouro e outros minerais eram descobertos. Por exemplo, assassinatos e agressões física não eram tão incomuns, especialmente em regiões de garimpo e mineração.

Em outras palavras, quando os recursos eram abundantes, como água e terra para pastagem de gado, as pessoas tinham uma maior probabilidade de entrar em algum tipo de acordo não violento. Por outro lado, se o recurso em questão fosse mais raro e valioso, como um metal precioso, as pessoas estavam mais propensas a dar socos ou até se matarem para conseguir o que queriam.

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Foto: Pixabay

Uma palavra final

De um modo geral, as cidades do Velho Oeste eram pequenas e contavam com poucos habitantes. Além do setor de comércio e serviços, eles viviam da exploração do ouro e de atividades que foram sendo desenvolvidas gradativamente. Em períodos de paz, tudo era muito organizado.

Os lendários “caubóis do faroeste” eram os homens responsáveis pela criação do gado e por conduzirem os rebanhos pelo território. No entanto, havia outras profissões cruciais para o desenvolvimento de cada cidade, como os agricultores, um xerife (para colocar as coisas em ordem), um prefeito, um juiz e os proprietários dos comércios, que vendiam principalmente alimentos, roupas e couro.

Vale destacar que uma parte das crianças já frequentava a escola para aprender a ler, escrever, fazer contas básicas e conhecer a história da região. As aulas geralmente começavam no mês de outubro e iam até meados de maio, sendo realizadas de segunda-feira a sábado. O ensino das crianças ficava a cargo de mulheres.

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Quanto aos criminosos, estes geralmente roubavam trens e carruagens que transportavam malotes para os bancos. Como a força de segurança costumava ser precária, recompensas eram frequentemente oferecidas para aqueles que capturassem (ou até matassem) os bandidos de plantão. Ou seja, a vida no Velho Oeste não era tão caótica como muitos imaginam, mas essa certamente não foi uma época fácil de viver.

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