A guerra da humanidade contra as galinhas é antiga e brutal, mas o que pouca gente sabe é que cientistas britânicos tinham um plano que iria acumular ainda mais dor nas cristas desta espécie maltratada, o que envolvia até mesmo um tipo de arma nuclear.
Durante a Guerra Fria, as tensões aumentavam na Alemanha, com a economia ocidental travando uma guerra contra o regime soviético. Nesse período, o país foi dividido ao meio, com os aliados capitalistas apoiando a Alemanha Ocidental, enquanto a Alemanha Oriental era controlada por uma União Soviética fortemente militarizada.
O que poucos poderiam imaginar é que, em meio a tanta tensão, uma ideia esdrúxula surgiria: basicamente, chefes militares britânicos queriam usar galinhas como um componente-chave de uma arma nuclear experimental. No entanto, como veremos ao longo desse post, o plano não saiu como planejado.
O surgimento do problema
Em 1957, o Exército Britânico começou a se interessar pelo desenvolvimento de uma nova arma nuclear de uso tático. O seu principal objetivo era, em termos básicos, “manter o ocidente livre da ameaça soviética”.
Com essa estratégia em mente, o Defence Research Agency, um órgão executivo do Ministério da Defesa do Reino Unido, deu início ao desenvolvimento do que ficaria conhecido como projeto Blue Peacock (“Pavão Azul” em tradução livre).
Por ser altamente versátil, o dispositivo resultante desse projeto poderia ser detonado através de um temporizador que poderia ser configurado com até oito dias de antecedência. Essa bomba também poderia ser detonada automaticamente, caso o inimigo tentasse desativá-la.
No entanto, os projetistas da bomba logo descobriram que havia um problema: os componentes sensíveis do dispositivo precisavam ser mantidos a uma temperatura acima da média registrada na Europa durante o inverno. Ainda assim, não demorou muito para que surgissem algumas sugestões um tanto curiosas para manter o dispositivo aquecido.
A ideia da arma nuclear de galinhas
Entre todas as possíveis soluções oferecidas, a proposta que mais se destacava (pelo menos por conta do nível de bizarrice) era a que envolvia a implantação de uma gaiola cheia de galinhas e sementes dentro da bomba.
Um artigo da BBC News publicado em 2004 explica que o raciocínio por trás dessa ideia inusitada era que o calor do corpo das galinhas manteria o sistema da bomba sob a temperatura adequada, enquanto a gaiola serviria para impedir as aves de bicarem o delicado circuito interno.
Além disso, as galinhas poderiam sobreviver sob as condições adversas do inverno europeu por uma semana, que seria o tempo suficiente para que as tropas inimigas se aproximassem da bomba.
O fim do projeto e o legado da arma nuclear de galinhas
Percebendo o quão ridícula era a ideia de usar galinhas no dispositivo, as autoridades britânicas decidiram abandonar o projeto completamente em fevereiro de 1958.
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Ainda assim, vale mencionar que dois protótipos inertes foram mantidos, sendo que um existe até hoje! Essa informação surgiu em meados de 2004, quando a operação foi finalmente tirada do sigilo e incluída em uma exposição dos Arquivos Nacionais do governo britânico.
Um plano pra lá de bizarro, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉