Quem não quer viver o máximo que puder, não é mesmo? Se tivessem a chance, algumas pessoas certamente iriam querer viver para sempre! No entanto, há um caminho para a imortalidade? Seria possível, por exemplo, congelar pessoas e trazê-las de volta à vida?
A criônica é a prática de congelar o corpo humano com a esperança de que a tecnologia futura seja capaz de trazê-lo de volta à vida. Muitas empresas começaram a oferecer esse tipo de serviço, mas há pouca ou nenhuma evidência de que corpos criopreservados possam ser revividos, como veremos ao longo deste artigo.
A ciência de congelar pessoas
Imagine que você está morrendo devido a uma doença sem cura. Os médicos estão trabalhando para encontrar um tratamento, mas você simplesmente não tem tempo suficiente antes que isso acabe com sua vida. Diante disso, e se você pudesse interromper o processo de morrer até que a tecnologia futura descobrisse uma cura para sua doença?
É aqui que a criônica aparece como uma luz no fim do túnel para o seu corpo moribundo. De acordo com a Alcor, a criônica é a prática (ainda em estado experimental) de congelar o corpo em temperaturas abaixo de zero, na esperança de que a tecnologia futura possa trazê-lo de volta à vida. Parece um bom conceito para um filme de ficção científica, não é? Então, como isso poderia funcionar?
Bem, depois de declarado legalmente morto, a criopreservação pode começar. Para manter os tecidos cerebrais protegidos, a circulação sanguínea e a respiração são temporariamente restauradas por reanimação cardiopulmonar e uma máscara de oxigênio até que os medicamentos especializados possam ser injetados no sistema. Uma equipe médica resfria o corpo colocando-o em um banho de água gelada e injetando anticoagulantes para evitar a coagulação do sangue. Dentro de 24 horas após a morte, o corpo é levado para o centro de criopreservação onde o corpo é preservado com segurança.
O grande problema é que o corpo humano médio é feito de 60% de água. Se não fosse congelada corretamente, a água presente em nossas células se transformaria em gelo, que poderia se expandir em volume e formar redes cristalinas, pressionando as paredes celulares e os vasos sanguíneos ao ponto de fazer os tecidos se quebrarem. É aqui que um processo conhecido como “vitrificação” vem em socorro, congelando as moléculas de água tão rapidamente ao ponto de não deixar espaço para a formação de cristais de gelo.
Uma vez que seu corpo tenha sido vitrificado com segurança, ele será colocado em um tanque de criopreservação, ou seja, sua nova “casa gelada”. Em seguida, seu corpo será mantido a -196°C com a ajuda de nitrogênio líquido. Isso protegerá o corpo de qualquer deterioração por potencialmente milhares de anos. Depois disso, basta esperar que a ciência encontre uma maneira de trazê-lo de volta à vida.
Os problemas éticos relacionados ao ato de congelar pessoas
A legitimidade da criônica é uma das principais preocupações éticas com o ato de transformar pessoas em “picolés”. Isso porque não há prova ou garantia de que o corpo possa recuperar a saúde depois de ficar congelado por anos. Quem pode dizer que a ressurreição após passar anos congelado não é uma simples questão de falsa esperança?
Congelar seu corpo na esperança do surgimento de um avanço científico que ajude a retomar a vida soa muito como ficção científica. Alguns argumentam que a criônica também pode promover uma tendência de eutanásia, já que as pessoas podem preferir a criopreservação enquanto seu corpo permanece intocado por doenças e velhice.
Vamos considerar um cenário em que encontramos uma maneira de trazer uma pessoa de volta a uma condição de vida saudável. Será que a pessoa criopreservada manterá sua personalidade e identidade originais? Como explica a BBC News, não há garantia de que a criopreservação não altera permanentemente a função cerebral.
Além disso, depois de acordar depois de milhares de anos, as pessoas se encontrariam sozinhas, sem família ou amigos. A perspectiva de ficar sozinho pode ser assustadora para alguns. Outra preocupação principal seria que tais seres ressuscitados aumentariam ainda mais a população da Terra, caso a técnica fosse aplicada em larga escala.
Será que isso vai dar certo algum dia?
Um século atrás, uma viagem ao espaço sideral era uma ideia inimaginável. Agora, os astronautas frequentemente voam para a Estação Espacial Internacional, então podemos dizer que existe a possibilidade de que voltar à vida depois de ser congelado criogenicamente por anos seja o verdadeiro negócio. Por outro lado, há também a chance de que a criônica não passe de uma noção fantástica.
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Vale destacar que existem algumas possibilidades que tornariam o congelamento criônico de alguém um fracasso. Se o corpo for danificado antes ou depois da criopreservação, será impossível reviver a função cerebral dessa pessoa. A possibilidade mais desanimadora disso é que, mesmo no futuro, a ciência pode nunca ser capaz de reviver completamente um corpo criopreservado.
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