Beijar é muito bom, afinal, trata-se de uma demonstração de carinho e afeto entre pessoas que se amam. No entanto, você sabia que durante um simples beijo de língua existe uma grande possibilidade de compartilharmos milhões de bactérias?
Pois bem, um estudo descobriu que beijo e bactérias são coisas inseparáveis. Ainda assim, a boa notícia é que, para a nossa sorte, isso nem é algo tão ruim no fim das contas.
Milhões de bactérias são compartilhadas durante um beijo
De acordo com a BBC, um estudo publicado na revista Microbiome descobriu que cerca de 80 milhões de bactérias são transferidas durante um simples beijo apaixonado. Como nenhum estudo anterior havia analisado exatamente como o beijo muda a flora bacteriana da boca, os autores do estudo decidiram checar tudo através de uma abordagem bem interessante.
Ao longo do estudo, os pesquisadores monitoraram o comportamento durante o beijo de 21 casais quando descobriram que aproximadamente 80 milhões de germes acabavam sendo transferidos de um parceiro para o outro.
“O beijo de língua é um ótimo exemplo de exposição a um número gigantesco de bactérias em um tempo curto”, disse Remco Kort, professor que liderou a pesquisa. “Mas apenas algumas bactérias transferidas de um beijo parecem se estabelecer na língua. Mais pesquisas devem analisar as propriedades das bactérias e da língua que contribuem para este poder de fixação.”
Curiosamente, eles também chegaram à conclusão de que quanto mais tempo os casais tinham juntos, maior era a probabilidade de ambos compartilharem um perfil microbiano semelhante.
Apesar das bactérias, o beijo continua sendo recomendado
Antes que você possa entrar em pânico e ficar com um certo receio de beijar quem você gosta, saiba que os pesquisadores não chegaram a nenhuma conclusão sobre as implicações dos germes orais sendo compartilhados.
Em vez disso, eles pediram mais estudos para investigar por que certos micróbios, como os da língua, colonizam e crescem exponencialmente, enquanto micróbios encontrados na saliva tendem a não sobreviver por muito tempo.
Além disso, devemos ter em mente que beijar faz muito bem ao corpo humano. Segundo o Healthline, o ato de beijar desencadeia uma reação química no cérebro, incluindo uma explosão do hormônio oxitocina. Muitas vezes referido como o “hormônio do amor”, a oxitocina desperta sentimentos de afeição e apego.
Da mesma forma, o beijo ajuda até mesmo a promover um relacionamento mais satisfatório. Em um estudo de 2013, casais em relacionamentos de longo prazo que se beijavam com frequência relataram maior satisfação no relacionamento.
Uma palavra final
Curiosamente, os pesquisadores do estudo das bactérias compartilhadas durante um beijo também analisaram o porquê dos humanos serem os únicos animais que parecem fazer um contato boca a boca com a língua completa. A tese mais aceita até o momento diz que a troca de saliva pode ajudar os casais a determinar uma certa compatibilidade entre ambos.
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Uma outra hipótese sustenta que o compartilhamento de bactérias pode estimular o sistema imunológico a trabalhar de uma maneira muito mais eficaz na defesa do organismo. No entanto, mais estudos deverão ser realizados para a obtenção de uma resposta definitiva.
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