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O que é a vexilologia?

A vexilologia é importante para analisar o simbolismo das bandeiras e pode ser usada até para compreender as nuances de várias culturas.

O simbolismo ligado à história de uma determinada bandeira pode se manifestar de várias maneiras, muitas vezes tão complexas que até podem mudar com o tempo. Sendo assim, conhecer todas as variáveis presentes numa bandeira pode ser uma tarefa muito mais enigmática do que simplesmente analisar as cores e os traços apresentados. Consequentemente, a necessidade desse estudo deu origem à vexilologia.

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Neste artigo, iremos abordar o que é a vexilologia e como ela pode ser usada para a compreensão de várias culturas através de suas bandeiras e estandartes.

Conceituando a vexilologia

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Foto: Pixabay

De acordo com o The Flag Institute, podemos definir a vexilologia como o estudo da história e das simbologias de bandeiras e estandartes. A palavra vexilologia vem da síntese da palavra grega “vexillum”, que significa “bandeira”, e o sufixo grego “logia”, que significa “estudo”. Isso torna a designação da vexilologia algo mundial, sendo que o termo foi cunhado pelo historiador da bandeira americana e especialista Whitney Smith em 1958.

Nesse campo de estudo, a pessoa que estuda as bandeiras é chamada de vexilologista, enquanto o responsável por desenhar bandeiras é chamado vexilógrafo. Por sua vez, a FIAV (Federação Internacional das Associações Vexilológicas) é o órgão que coordena várias associações de entusiastas deste campo do conhecimento.

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Desde que este campo de estudo foi devidamente estabelecido, muitas associações vexilológicas surgiram em várias partes distintas do mundo. Nesses locais, as pessoas interessadas em estudar a história, os emblemas e as bandeiras se reúnem para aprofundar os seus conhecimentos.

Uma dessas associações vexilológicas mais conceituadas é a National Flag Charity, do Reino Unido, que é inteiramente financiada através das assinaturas dos membros da associação e atualmente é a maior organização de bandeiras com sócios do mundo, contando com membros vindos de todos os continentes habitados.

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Como a vexilologia estuda nações através de suas bandeiras

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Foto: Pixabay

De um modo geral, o projeto de uma bandeira tende a simbolizar um determinado processo histórico. Por conta disso, o desenho de cada bandeira costuma ser baseado num antecedente histórico, o que vai de encontro à ideia de aleatoriedade que algumas pessoas têm com relação aos detalhes das bandeiras.

Para se ter uma ideia, existem famílias de bandeiras com origem num antepassado único, como é o caso das bandeiras escandinavas. A cruz nórdica (também conhecida como cruz escandinava) é um padrão de bandeiras normalmente associadas aos países da Escandinávia nos quais tiveram origem. Nesse caso, a cruz simboliza o cristianismo e apresenta-se estendida de uma extremidade à outra da bandeira.

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Todos os países nórdicos (Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia e Dinamarca) adotaram esse tipo de bandeira, sendo que a primeira bandeira a surgir com esse design foi a bandeira da Dinamarca (que é, inclusive, a bandeira nacional mais antiga do mundo). Ainda assim, vale destacar que, embora as bandeiras partilhem esse padrão, cada uma tem a sua história e simbolismo próprios.

Vexilógrafos e os princípios do desenho de bandeiras

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Foto: Pixabay

Embora não haja regras propriamente ditas sobre como se deve criar uma bandeira, os vexilógrafos devem levar em consideração um certo número de condicionantes que abrangem preocupações práticas. Uma delas é o fato de que a bandeira terá de ser fabricada em massa, transformando-se numa peça de tecido que irá ser hasteada em locais exteriores, ou seja, diante de fatores climáticos adversos.

Além disso, deve-se observar que cada bandeira deve ter sua simbologia identificada da forma mais eficaz. Portanto, ainda que não existam regras nesse sentido, os vexilógrafos geralmente consideram cinco princípios básicos para um bom desenho de uma bandeira. São eles:

  1. Simplicidade: A bandeira deve ser simples ao ponto de permitir que uma criança possa desenhá-la de memória;
  2. Simbolismo: As imagens, cores e padrões da bandeira devem relacionar-se diretamente com aquilo que ela se propõe a simbolizar;
  3. Limitação do número de cores: Deve-se dar preferência pela utilização de 2 ou 3 cores no máximo, preferivelmente escolhendo cores básicas e contrastantes entre si;
  4. Exclusão de legendas ou emblemas: O uso de legendas ou emblemas complexos na bandeira deve ser evitado;
  5. Distintividade: Ao criar um desenho distintivo, diminuem as chances de alguém confundi-lo com o de outras bandeiras.

No fim das contas, algumas bandeiras até podem carregar certas semelhanças, mas cada uma delas têm suas distinções. As bandeiras geralmente simbolizam lutas passadas como missões sangrentas de independência, virtudes, identidades e objetivos futuros de uma determinada região e seus habitantes, de modo que é a vexilologia quem entra em cena para analisar tudo isso.

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