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Não há dúvida que cultivar uma barba volumosa é algo que muitos homens gostam de fazer, mas um estudo mostrou que as barbas podem se transformar em certos obstáculos para aqueles que desejam ficar longe de germes e bactérias. Na prática, os pelos faciais podem propiciar um ambiente bem mais “confortável” para a proliferação de micro-organismos. Mas afinal, por que isso acontece?
Neste artigo, você vai ficar por dentro das peculiaridades que costumam envolver barbas e bactérias.
O acúmulo de bactérias em barbas
De acordo com os pesquisadores envolvidos num estudo publicado recentemente na revista European Radiology, o que acontece é que as bactérias provavelmente gostam de se alimentar do óleo proveniente das glândulas sebáceas na região do rosto. Na prática, esse óleo tende a ficar preso nas barbas e, consequentemente, acaba atraindo a flora microbiana.
Vale destacar que as glândulas sebáceas no rosto, no peito e nas costas são geralmente maiores do que as da cabeça, mas os pelos que brotam do rosto costumam ser revestidos com mais óleo. Por conta disso, é provável que existam mais bactérias vivendo perto da base dos pelos da barba em comparação com os cabelos da cabeça.
De acordo com os pesquisadores, algumas bactérias infecciosas que podem ser encontradas na barba estão a Enterococcus faecalis (uma bactéria intestinal que pode causar infecções no trato urinário) e Staphylococcus aureus (capaz de causar infecções graves quando em contato com a corrente sanguínea). No entanto, a grande maioria das bactérias encontradas não costumam causar problemas aos seres humanos.
Bactérias nas barbas nem sempre são necessariamente ruins
De um modo geral, as bactérias que vivem nas barbas costumam ser diferentes das bactérias que vivem no couro cabeludo e em outras partes do corpo. No entanto, é importante salientar que, embora possa parecer ruim à primeira vista o fato de que mais bactérias vivam em barbas, isso não é necessariamente uma coisa totalmente insatisfatória.
Os especialistas têm aprendido cada vez mais sobre o microbioma, uma colônia de microrganismos individuais no corpo, chegando a concluir que muitos desses microrganismos podem ser úteis para a saúde geral, embora alguns certamente causem problemas.
Se um homem costuma coçar a barba, por exemplo, isso pode aumentar o risco de resfriado, já que vários germes vivem em nossas mãos e podem acabar presos nos pelos faciais. Desse modo, quanto mais tocamos nosso rosto, a possibilidade de passar esses germes para nossas vias aéreas e consequentemente ficar doente é muito maior.
Ainda assim, por mais que a barba permaneça um território inexplorado, os barbudos de plantão não precisam se preocupar. Para manter seus pelos faciais saudáveis e livres de boa parte das bactérias, basta manter hábitos simples de higiene, como lavagens regulares e a aplicação de loções próprias para as barbas que contenham algum tipo de agente antibacteriano.
Uma palavra final
Apesar dos resultados obtidos através do estudo, a equipe de pesquisa afirma que o trabalho não foi baseado em pogonofobia (repulsa por barbas). Na verdade, o objetivo era simplesmente verificar se há risco de contaminação a partir de um aparelho de ressonância magnética (RM) usado também para exames veterinários.
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Curiosamente, os achados da pesquisa foram surpreendentes até mesmo para os cientistas envolvidos, que disseram não aconselhar os homens a retirarem a barba apenas com base nessa descoberta. Segundo eles, ainda “não há razão para acreditar que as mulheres possam ter menos carga bacteriológica do que os homens com barba”.
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