Quase todo mundo já está familiarizado com o mascote do sistema operacional Android. De fato, o famoso robô verde (que consiste em um torso quadrangular, cabeça semicircular com duas antenas e membros representados por barras com extremidades arredondadas) é tão popular que já inspirou desde bonecos de pelúcia a carregadores de celular.
No entanto, apesar de toda a popularidade do robô mascote do Android, poucas pessoas conhecem as suas origens. Pensando nisso, nós do Zona Curiosa decidimos compartilhar com você a curiosa história por trás desse personagem emblemático do mundo da tecnologia.
A criadora do robô mascote do Android
O robozinho verde que serve como mascote do Android foi criado em 2007 por uma designer gráfica do Google chamada Irina Blok. No entanto, embora ela tenha desenhado um dos mascotes mais reconhecidos do mundo, sua associação com o robô não a tornou famosa instantaneamente.
De fato, Blok só começou a ganhar certa notoriedade por conta de um incidente em 2010. Na ocasião, ela e sua filha de 6 anos estavam em um cinema esperando um filme começar quando um logotipo do Android apareceu durante um comercial. Neste momento, sua filha se levantou e gritou: “Minha mãe inventou isso!” Então, todos na fileira à frente delas se viraram, deixando Blok envergonhada.
O mascote do Android nasceu três anos antes, quando Blok trabalhava como designer no Google. Enquanto a gigante da internet se preparava para impulsionar o seu sistema operacional para dispositivos móveis, Blok e seus colegas da equipe de design foram instruídos a criar um mascote que os consumidores pudessem identificar facilmente, como um robô.
Então, Blok passou a estudar os traços de brinquedos de ficção científica, filmes espaciais e qualquer outra coisa que pudesse ajudá-la a criar um personagem. No final, ela se inspirou em uma fonte distintamente humana: os pictogramas do homem e da mulher que costumam aparecer nas portas dos banheiros. Por fim, ela desenhou um robô simples com um torso em forma de lata e antenas na cabeça.
Uma ideia ousada que deu certo
Enquanto Blok trabalhava em seu design, ela e seus colegas concordaram que o mascote, assim como o sistema operacional representado por ele, deveria ser livre de licenças. Na prática, o grupo concordou que seria interessante criar um personagem colaborativo que todo mundo poderia personalizar.
Embora pareça uma ideia simples, essa decisão foi bastante ousada. A maioria das empresas, é claro, defende com unhas e dentes a sua marca de possíveis imitações, de modo que ações judiciais de milhões de dólares são movidas todos os dias com relação a isso.
No fim das contas, tal ação provou ser benéfica para a popularização do mascote. Nos anos seguintes ao seu lançamento, o robô do Android foi vestido como um ninja, recebeu esquis e skates e até mesmo se transformou em uma barra Kit-Kat de edição limitada.
Irina Blok, que agora é diretora de criação da Edmodo, uma rede social para alunos e professores, disse que criar o logotipo foi como criar um filho: “Você dá vida ao indivíduo, mas ele logo passa a ter uma vida própria”.
Seria o mascote do Android o fruto de um plágio?
Aparentemente, nada no mundo da tecnologia escapa das famosas acusações de plágio. Inicialmente, o mascote do Android passou a ser visto como o plágio de um personagem do jogo intitulado Gauntlet: The Third Encounter. No entanto, Irina Blok negou isso ao afirmar que o design do boneco foi feito sem quaisquer elementos de plágio.
Leia Também: Por que os países pobres não imprimem mais dinheiro?
Leia Também: Por que as baratas morrem de barriga para cima?
Controvérsias à parte, o fato é que foi assim que nasceu o mascote do Android como você o conhece hoje. O design de Blok deu origem a um personagem simples o suficiente para se tornar icônico, atraindo um público muito mais amplo do que a comunidade para a qual foi inicialmente destinado.
Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉