De um modo geral, os lagos glaciais são aqueles formados a partir do derretimento de geleiras. Conforme as geleiras vão se derretendo, elas acabam erodindo a terra, criando um grande buraco. Por sua vez, a água proveniente das geleiras derretidas preenche o buraco criado, dando origem a esses algos que comumente apresentam uma coloração azul turquesa brilhante.
O mais interessante nisso tudo é que a cor azul é tão chamativa que costuma dar a impressão de que alguém continuamente derrama corantes nessa água. Consequentemente, isso levanta um questionamento interessante: afinal, por que os lagos glaciais são azuis?
A principal razão pela qual os lagos glaciais são azuis
Em suma, a cor azul que pode ser vista na maioria dos lagos glaciais costuma ser resultante do seu próprio processo de formação. Conforme a geleira vai derretendo, ela também acaba pulverizando vários minerais das rochas com as quais ela se choca. Ao longo desse processo, os minerais pulverizados se depositam no fundo do lago como sedimentos.
Alguns desses sedimentos (também conhecidos como “farinha glacial”) ficam naturalmente suspensos na própria concentração de água da formação geológica, o que acaba dando origem a esse tom azulado.
Embora algumas pessoas possam acreditar que a cor azul turquesa dos lagos glaciais é o simples reflexo do azul do céu na superfície da água, isso não é necessariamente o que acontece na prática. Na verdade, os sedimentos da chamada “farinha glacial” são os verdadeiros responsáveis pela cor azul vista nos lagos glaciais.
Ainda assim, é importante destacar que os raios solares também participam desse fenômeno, ainda que de forma indireta. Isso ocorre porque, quando a luz solar reflete sobre os tais sedimentos que ficam suspensos nas águas do lago, a cor azul característica desses locais marca presença de forma intensa, sendo muito mais visível a partir de pontos de observação panorâmicos.
Alguns fatores influenciam diretamente nos tons de azul dos lagos glaciais
É importante deixar claro que a tonalidade da cor azul dos lagos glaciais está intimamente relacionada à quantidade de sedimentos suspensos na água e ao ângulo dos raios solares com relação ao observador. Por exemplo, para visualizar um azul mais intenso, é preciso observar o lago glacial no momento em que o sol estiver no ponto mais alto do céu que, por sua vez, precisa estar livre de nuvens.
Além disso, os sedimentos no lago também precisam estar ao seu nível máximo de concentração. Em certos casos, várias camadas de cores diferentes podem ser vistas em um lago glacial, especialmente quando um grande fluxo de água da chuva chega ao lago, o que realmente pode fazer a alegria dos turistas de plantão.
Uma palavra final
A biodiversidade e a produtividade tendem a ser menores em lagos glaciais, pois apenas espécies altamente tolerantes e adaptadas podem suportar suas condições adversas. A farinha de rocha glacial e os baixos níveis de nutrientes desses locais criam um ambiente oligotrófico onde residem apenas algumas espécies de plâncton, peixes e organismos bentônicos.
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Ainda assim, como no caso da lagoa glacial Jökulsárlón, na Islândia, localizada à beira do Oceano Atlântico, as marés comumente trazem uma variedade de espécies de peixes para a borda da geleira. Estes peixes geralmente atraem uma abundância de predadores, desde aves a mamíferos marinhos que procuram alimento, o que acaba enriquecendo a fauna em situações pontuais.
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