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Se você é uma pessoa que gosta de ficar antenada no noticiário internacional, já deve ter percebido que as manchetes que citam o Haiti não costumam trazer relatos muito agradáveis. De fato, ele é o país economicamente mais pobre das Américas, o que levanta um questionamento interessante: afinal, como essa nação chegou a um estado tão crítico em termos econômicos?
Ao longo deste artigo, você vai ver que a história desse país sempre esteve ligada a questões como colonização, escravidão, ocupação militar, terremotos, furacões e instabilidade política. No fim das contas, todos esses fatores têm contribuído para que o Haiti avance pouco no desenvolvimento social e na qualidade de vida da sua população.
Problemas do Haiti vem desde a sua conturbada independência
Inicialmente sob o domínio espanhol até 1697 e posteriormente tomado pelo controle francês até 1804, o Haiti entrou para a história ao ser a primeira república negra independente. A nação surgiu através de uma revolta de escravos liderada por Toussaint Louverture e, com a declaração da independência, a população haitiana passou a acreditar que o país teria um futuro promissor, mas isso nunca veio a acontecer.
Logo depois de se tornar independente o restante do mundo simplesmente decretou um boicote à república, pois uma nação liberta do domínio colonizador pelas mãos de escravos soava como um “modelo subversivo” para a época. Sem conseguir exportar nem importar, o país se viu encurralado logo no início.
Como se isso não fosse suficiente, a França passou a cobrar uma dívida de indenização aos ex-donos de terras e escravos que só foi considerada quitada em 1922 e que simplesmente drenou a já combalida economia haitiana. Além disso, o país acabou sofrendo uma sucessão de golpes e ditaduras, contando com poucos períodos democráticos.
Desastres naturais constantes também assolam o país
Um outro problema que contribuiu para a manutenção da pobreza no Haiti é o fato de que o país sofre constantemente com fatores climáticos. Em 2010, um terremoto devastou o país, deixando mais de 200 mil mortos e mais de 300 mil feridos, além de 1,5 milhão de pessoas desabrigadas.
Dez meses após o terremoto, por causa da falta de condições de reestruturação, como moradia digna e saneamento básico, cerca de 9 mil pessoas vieram a morrer de cólera.
Vale destacar que a economia do Haiti conta com uma baixíssima industrialização, de modo que a sua renda vem principalmente da agricultura e do setor de comércio e serviços. Seus principais produtos de exportação são banana, manga, batata-doce e legumes em geral.
Embora grande parte da população trabalhe e viva da agricultura, o solo que antes era fértil, hoje está empobrecido e com muitas erosões, complicando ainda mais a matriz econômica do país.
Instabilidade política também impede o crescimento do Haiti
Para complementar o quadro desfavorável, o Haiti possui uma instabilidade política devastadora. Para se ter uma ideia, desde a sua independência, um terço dos presidentes foram assassinados, deposto ou presos. Nos últimos 70 anos, foram 23 tentativas de golpe de estado, sendo que somente 8 delas fracassaram.
Sem estabilidade política, o país simplesmente não encontra meios para prosperar economicamente e conseguir estabelecer alianças comerciais. Sem criar formas de atrair capital externo, como incentivo ao turismo ou exportação de produtos, o Produto Interno Bruto (PIB) do país não consegue manter a economia forte e, portanto, não tira o país da pobreza.
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Segundo a Bloomberg, o Haiti poderia aprimorar seus indicadores econômicos e sociais se melhorasse a sua produtividade agrícola, já que a agricultura ainda representa cerca de metade da sua economia. Além disso, a construção de aeroportos e resorts ajudaria grandemente no turismo, mas essas coisas só poderão ser alcançadas com a estabilização política no país, o que infelizmente ainda parece ser algo muito distante.
Uma nação com problemas muito complexos, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo!
