Se considerarmos que, em média, cada pessoa leva cerca de 12 minutos para fazer cocô, é possível dizer que os humanos passam 73 horas por ano apenas defecando! Curiosamente, depois da maior parte desses minutos, é comum sentirmos uma sensação de alívio sereno, como se a vida de repente tivesse menos fardos. Sendo assim, a pergunta que fica é: por que nos sentimos satisfeitos depois de fazer cocô?
Por mais que esse tipo de assunto possa fazer muita gente torcer o nariz, não podemos negar que gostamos de fazer isso em certo nível. Com isso em mente, vamos tentar responder à pergunta de um milhão de dólares.
Os nervos por trás da curiosa sensação de prazer depois de fazer cocô
Por razões óbvias, todos nós precisamos fazer cocô para nos livrarmos dos resíduos do corpo e dos alimentos não digeridos, ao mesmo tempo em que abrimos espaço para a entrada de mais alimentos no sistema digestivo. No entanto, o prazer testemunhando após “soltar o barro” não vem apenas da limpeza dos intestinos, mas também da estimulação de certos nervos do corpo.
Como explica o Medical News Today, o nervo pudendo é um nervo misto (com terminações sensoriais e motoras) é o principal responsável pela inervação sensorial e motora do períneo (região entre o ânus e a genitália) em ambos os sexos. Esse nervo passa pela pélvis e pela área glútea (ou seja, suas nádegas) na parte superior do osso da coxa e se liga aos nervos que surgem da medula espinhal.
O nervo pudendo é responsável pela maior parte dos movimentos e sensações que ocorrem em sua região pélvica e, na prática, fazer cocô leva à estimulação desse nervo. Uma vez que o nervo inerva o ânus e a genitália, acaba se tornando o responsável pela entrada sensorial. Dessa forma, quando estimulado, leva a uma certa quantidade de excitação e prazer.
Além disso, o cólon no intestino grosso está conectado ao tronco cerebral por um longo nervo chamado nervo vago. Um dos principais membros do sistema nervoso,ele regula uma ampla gama de processos vitais do corpo, incluindo humor, digestão, resposta imunológica e frequência cardíaca.
Quando você faz cocô, os músculos das nádegas e da região pélvica relaxam e estimulam o nervo vago, o que pode fazer com que sua frequência cardíaca e pressão arterial diminuam, deixando você relaxado por um curto período de tempo.
Músculos também entram em cena
É comum que certos músculos do corpo se contraiam, principalmente os esfíncteres anais interno e externo, para evitar que o cocô escape em momentos inconvenientes. Seu esfíncter anal interno é um músculo autônomo que não requer nenhum pensamento consciente, mas seu esfíncter anal externo está sob seu controle.
Os músculos remanescentes no trato digestivo são responsáveis por mover o alimento através do sistema e promovem contrações que proporcionam um aumento da pressão abdominal. Quando fazemos cocô, não apenas aliviamos essa tensão, mas também damos aos nossos músculos o relaxamento necessário de que eles precisam. Consequentemente, isso acaba originando uma sensação relaxante.
Uma palavra final
Imagine que é seu dia de folga e você está confortável na cama assistindo TV, quando sente vontade de fazer cocô. Muitas pessoas nessa circunstância podem sentir que seus corpos as traíram, fazendo com que se sintam impotentes e fracas porque não têm controle sobre seus intestinos. A boa notícia é que os movimentos intestinais normais podem ajudar a aliviar essa preocupação.
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Depois de ir ao banheiro, satisfação e relaxamento são tudo o que você precisa. O nervo vago também desempenha um papel especial por trás dessa experiência, pois quando estimulado durante sua ida ao banheiro, reduz a pressão arterial e a frequência cardíaca, proporcionando o relaxamento necessário. Portanto, saiba que, no fim das contas, todos se sentem bem depois de fazer cocô.
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