Com exceção de Urano e Netuno, todos os outros planetas do sistema solar podem ser observados no céu noturno sem a ajuda de um telescópio. No entanto, embora todas as luzes desses planetas sejam igualmente charmosas, há algo diferente com relação ao brilho de Marte: esse planeta apresenta um tom vermelho bastante característico.
De fato, este planeta foi nomeado em virtude de sua aparência sangrenta, como uma espécie de homenagem ao deus romano da guerra, Marte. Dito isto, você já se perguntou por que o Planeta Vermelho tem uma tonalidade tão distinta? Afinal de contas, por que Marte é vermelho?
Marte é vermelho por causa da abundância de óxido de ferro em sua superfície
Quando um metal entra em contato com oxigênio, seja no ar ou na água, ele fica sujeito à formação de uma camada de óxido de metal. Esse processo é chamado de “corrosão” e, quando ocorre com o ferro, chamamos a camada formada de óxido de ferro de “ferrugem”.
Certamente, todo mundo já está familiarizado com a ferrugem, o nome popularizado do óxido de ferro. Basicamente, ele pode ser visto facilmente através do crescimento de uma camada rugosa e avermelhada em pregos e máquinas.
Dito isto, Marte também é vermelho porque está “impregnado de ferrugem”. Em resumo, uma grande quantidade de seu regolito (o material de sua superfície) contém óxido de ferro. Fortes tempestades de poeira foram responsáveis por carregar a poeira vermelha para a atmosfera marciana, promovendo um verdadeiro espetáculo para os observadores astronômicos.
De onde veio todo esse ferro?
Nosso sistema solar se formou a partir dos restos de uma estrela morta. Uma estrela morre quando a matéria em seu núcleo é incapaz de produzir energia para neutralizar a compressão gravitacional. Uma estrela obtém essa energia do calor gerado pela fusão nuclear dos átomos de hidrogênio em seu núcleo, que formam os átomos de hélio.
No entanto, eventualmente, todos os átomos de hidrogênio se fundem para formar átomos de hélio, que se fundem para formar átomos de carbono e assim por diante até que o ferro seja finalmente sintetizado.
O ferro, no entanto, meio que “se recusa” a se fundir mais. A essa altura, sem energia para neutralizar a compressão da gravidade, a estrela desmorona sob sua própria massa. Consequentemente, a estrela finalmente morre, explodindo e espalhando sua matéria por toda parte.
Com isso em mente, os astrônomos acreditam que as matérias constituintes de uma dessas estrelas falecidas fundiram-se para formar o Sol e os planetas. O ferro fundiu-se para formar o núcleo dos primeiros quatro planetas, os chamados “planetas telúricos”.
Embora a Terra tivesse massa suficiente para comprimir e afundar a maior parte do ferro em seu núcleo jovem e derretido, Marte, como o segundo menor planeta do sistema solar, não conseguiu fazer o mesmo. Dito isto, o núcleo de Marte contém muito ferro, mas os cientistas da NASA acreditam que foi a fraca gravidade do planeta o principal fator que permitiu a existência de uma abundância de ferro nas camadas superiores.
Uma palavra final
Vale destacar que, diferentemente do ferro, a origem do oxigênio em Marte ainda é matéria de especulação. De acordo com uma teoria, a jovem atmosfera marciana produzia violentas tempestades, de modo que a superfície de ferro do planeta foi “atacada” por moléculas de oxigênio liberadas das moléculas de água para formar o óxido de ferro de cor vermelha.
Outra teoria sugere que o oxigênio foi produzido como resultado da luz solar que, ao longo de bilhões de anos, quebrou gradualmente moléculas que continham oxigênio, como o dióxido de carbono.
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Observe que a produção de oxigênio em ambas as teorias é um processo prolongado, o que significa que o planeta não era vermelho no início. Ou seja, não é somente a cor atual de Marte que costuma levantar questionamentos.
Marte é um planeta com características muito interessantes, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉