Zona Curiosa
Se você pensar sobre o assunto, não parece meio contra-intuitivo o fato de que, conforme aumenta a altitude, mais a temperatura diminui? Não deveria ser exatamente o oposto? Afinal, indo para regiões de alta altitude, você está essencialmente se movendo para mais perto do Sol, ou seja, reduzindo a distância entre você e a nossa principal fonte de calor, não é mesmo?
Seguindo esse raciocínio, qualquer pessoa deveria se sentir mais quente em colinas e montanhas, mas como todos sabemos, não é isso o que acontece. O que pouca gente parece saber, entretanto, é que esse fenômeno está relacionado à pressão atmosférica.
Compreendendo o básico da pressão atmosférica
Para começar, é preciso entender que o Sol está incrivelmente longe da Terra; portanto, mover-se para altitudes mais elevadas não faz praticamente nenhuma diferença em termos de calor que fornece. Em outras palavras, andar por regiões montanhosas não o deixa uma distância significativa mais perto do Sol, pelo menos em termos de calor.
Agora, vamos falar sobre a atmosfera. Como você provavelmente já sabe, ela é composta de uma mistura de gases que envolve a Terra. Uma vez que a atmosfera envolve a Terra, ou seja, pode ser encontrada em praticamente todos os lugares do planeta, ela também exerce uma certa quantidade de pressão, que é conhecida como pressão atmosférica (às vezes também chamada de “pressão barométrica”).
Para simplificar, pense na atmosfera como uma carga que está “empurrando” o planeta para baixo; pois bem, a pressão com que ela “empurra” o planeta para baixo é o que os cientistas chamam de pressão atmosférica.
É muito interessante notar que o valor da pressão atmosférica não é o mesmo em todos os lugares, pois esse número muda de acordo com a altitude. É por isso que uma série de coisas acontecem (ou deixam de acontecer) em altitudes mais elevadas.
Como a pressão atmosférica muda com a altitude
Em termos básicos, a atmosfera é uma mistura de gases que pairam sobre a superfície da Terra. Ao nível do mar, o valor da pressão atmosférica é 14,7 libras por polegada quadrada (psi), mas conforme você sobe para regiões de maior altitude, esse valor começa a diminuir e se torna quase inexistente além de um determinado ponto.
A pressão atmosférica tem essa tendência devido à diminuição da quantidade de moléculas de ar com o aumento da altitude. Considere desta forma: quanto mais alto você sobe, há cada vez menos moléculas empurrando de cima para baixo. É por isso que as regiões de altitude elevada experimentam uma pressão atmosférica muito mais baixa do que as regiões ao nível do mar.
O que a pressão atmosférica tem a ver com a relação entre temperatura e altitude?
Como a pressão atmosférica diminui com a altitude, o número de moléculas de ar pressionando as outras moléculas de cima também diminui. Isso leva a uma espécie de expansão, no sentido de que as moléculas abaixo têm mais espaço para vagar.
Da mesma forma, isso as torna menos propensas a colidir e ricochetear nas moléculas vizinhas, o que resulta na distribuição de energia cinética por uma grande área. Na prática, isso reduz a temperatura média do sistema, neste caso, a atmosfera naquela altitude.
Em contraste, em regiões de baixa altitude, a pressão do ar é alta, então as moléculas de ar não têm tanta “liberdade” para se mover. Carregando muita energia, eles colidem umas com as outras com mais frequência, o que faz com que a temperatura do sistema aumente. É por isso que as áreas de baixa altitude são mais quentes do que as regiões montanhosas.
Leia Também: Qual a diferença entre água destilada e água fervida?
Leia Também: Como os ursos polares sobrevivem ao frio intenso?
Portanto, se você tem planos de viajar em uma aeronave voando alto até sentir o calor reconfortante do sol, deve esquecer essa ideia por completo, ou então se preparar para deixar o planeta e experimentar as consequências nada agradáveis do espaço interplanetário!
Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉
