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Os pinguins têm joelhos?

Pode até não parecer, mas a configuração estrutural dos joelhos dos pinguins é baseada na mesma estrutura que dá forma a uma perna humana.

Além de suas penas pretas e brancas que estranhamente se parecem com um smoking, qual é a outra característica que normalmente associamos a um pinguim? Seu jeito desengonçado de andar, é claro!

Se você fosse embarcar em um navio e partir em uma viagem para visitar o profundo hemisfério sul, você atracaria nas ilhas geladas de neve branca sob o sol igualmente branco e testemunharia uma infinidade de pinguins andando de forma atabalhoada, oscilando para cima e para baixo enquanto marcham em direção à água.

Se observamos a forma como os pinguins se locomovem, é perfeitamente lógico supor que eles não têm joelhos. Seu andar é análogo ao de um ser humano andando de muletas, com as pernas eretas e, aparentemente, sem dobrar uma única articulação.

No entanto, isso está longe de ser verdade. Os pinguins realmente têm joelhos! O que acontece é que, na verdade, a estrutura óssea dos joelhos desses animais é bem diferente da estrutura óssea de um joelho humano, como veremos ao longo deste artigo.

Joelhos dos pinguins
Foto: Wikimedia Commons

Como são os joelhos dos pinguins?

De certo modo, basta você pegar a imagem de qualquer radiografia das pernas de um pinguim para descobrir que esses animais realmente têm joelhos. De fato, a estrutura da perna de um pinguim é composta de quatro partes (fêmur, joelho, tíbia e fíbula) que, por incrível que pareça, são os mesmos ossos que você tem nas suas pernas!

Dito isto, o fato de que as pernas desses animais parecem ser tão curtas tem mais a ver com uma certa ilusão de ótica. Na prática, o que acontece é que as coxas e as as partes superiores das pernas dos pinguins costumam ficar escondidas por suas penas.

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Foto: Pixabay

Se os pinguins têm joelhos, por que eles andam de forma tão desengonçada?

Bem, essa questão intrigou os cientistas por muito tempo, o que levou ao desenvolvimento de vários estudos na área. Depois de muita pesquisa, surgiu uma teoria que sugere que esse jeito esquisito de caminhar se dá pelo fato de que as pernas dos pinguins foram projetadas para ajudá-los a nadar mais rápido e não necessariamente para auxiliá-los a caminhar de uma forma mais eficaz.

Se você observar atentamente as pernas de um pinguim, poderá notar que elas são um pouco curvadas para a parte traseira do corpo do animal. Isso dificulta a caminhada em terra, pois requer mais energia para se mover rapidamente, mas por outro lado, essa característica contribui para um nado perfeito.

Além disso, também vale destacar que os pinguins costumam andar apoiando o peso dos seus corpos “nas solas dos pés”, assim como outros pássaros, o que deixa a sua locomoção ainda mais engraçada.

Como os pinguins passam até 75% do seu tempo na água, os seus corpos evoluíram de uma forma que prioriza as habilidades aquáticas em detrimento das terrestres. Além do auxílio das suas pernas, eles usam suas caudas e pés como lemes, enquanto suas nadadeiras servem como as asas de outras aves. Ou seja, os pinguins são aves que conseguem “voar” pela água.

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Foto: Pixabay

Uma palavra final

Vale destacar que uma outra teoria sugere que o formato inusitado das pequenas pernas dos pinguins ajuda no processo de incubação desses animais, pois diminui consideravelmente a perda de calor. Isso é fundamental quando lembramos que esses animais botam ovos nos invernos gelados da Antártica, o que pode ilustrar um desenvolvimento evolucionário bastante engenhoso.

Além de colocar os pinguins sob uma máquina de raios-X para detectar seus joelhos ocultos, pode-se discernir a presença de seus joelhos simplesmente ao observá-los deslizando no gelo. A força para obter impulso nesse tipo de situação só pode ser gerada dobrando o joelho e empurrando a superfície logo abaixo.

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Portanto, apesar da força motriz implacável da seleção natural e da meticulosidade que dá forma a essas complexidades, é interessante pensarmos que admiramos e adoramos essas criaturas por sua figura rechonchuda, movimentos atabalhoados e locomoção incomum.

Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉

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