Os computadores de hoje são máquinas realmente incríveis. No entanto, embora tenhamos avançado muito no mundo da computação, um dos objetivos que os pesquisadores da área da Inteligência Artificial ainda gostariam de alcançar é criar uma máquina capaz de contar com a inteligência de nível humano. Embora seja muito mais fácil falar do que fazer, o Teste de Turing foi um marco nesse campo.
Desenvolvido na década de 1950 para determinar essa qualificação exata, o Teste de Turing surgiu para projetar a inteligência das máquinas. Até os dias atuais, o Teste de Turing permanece servindo como uma espécie de procedimento padrão para os cientistas testarem suas máquinas.
Agora, antes de abordarmos exatamente o que é o Teste de Turing, vamos primeiramente dar uma olhada na história desse teste crucial para o desenvolvimento da computação.
A história do Teste de Turing
A questão sobre determinar se era possível fazer uma máquina pensante desenvolveu-se primeiro em uma vanguarda filosófica, ao invés de científica. René Descartes foi uma das primeiras pessoas a abordar essa questão, ainda que de uma maneira menos rigorosa do ponto de vista científico. Em suma, ele investigou a possibilidade de máquinas autônomas que poderiam responder às interações dos humanos.
Na época, Descartes acreditava que tais máquinas nunca seriam capazes de se comunicar entre elas com uma quantidade significativa de inteligência. No entanto, foi aí que Descartes falhou em prever, ao contrário de Turing, que as máquinas que surgiriam futuramente seriam capazes de superar tal ineficiência.
O termo “inteligência de máquina” era um tema comum entre os membros do Ratio Club na década de 1940. O Ratio Club era formado por membros e pesquisadores da área de cibernética e eletrônica da época. Alan Turing, que fazia parte desse grupo, criou esse teste e, em sua homenagem, o teste foi batizado em sua homenagem.
Vale destacar que Alan Turing vinha abordando a noção de inteligência de máquina desde 1941, mas ele cunhou o termo “inteligência de computador” somente no ano de 1947. Foi em um de seus relatórios mais históricos que Turing levantou a questão de ser ou não possível fazer que as máquinas pudessem demonstrar um comportamento inteligente.
O conceito por trás do “jogo de imitação”
A publicação original que Turing escreveu, que estabeleceu a estrutura para o Teste de Turing, envolvia um jogo simples envolvendo três jogadores. Vamos nomear esses jogadores A, B e C. Neste jogo, vamos supor que o jogador A é do sexo masculino, o jogador B é do sexo feminino e o jogador C, que desempenha o papel de interrogador, pode ser de qualquer um dos dois sexos.
Agora, vamos colocar os jogadores A e B atrás de uma tela anonimamente. Ao fazer perguntas ao jogador A e ao jogador B, o jogador C tenta avaliar quem é o homem e quem é a mulher. Nesse caso, o papel do jogador A é enganar o interrogador (jogador C), enquanto o jogador B deve fazer um esforço para ajudar o interrogador a tomar a decisão certa.
Turing então pergunta o que aconteceria se uma máquina tomasse o lugar do jogador A neste jogo. A máquina seria capaz de enganar o interrogador? A máquina seria capaz de pensar por conta própria?
A interpretação padrão
O entendimento comum diz que a proposta do Teste de Turing não é de que um computador é capaz de enganar um interrogador, mas que um computador é capaz de imitar um humano. Dito isto, surgiu uma outra variação do Teste de Turing denominada “interpretação padrão”.
Na interpretação padrão, o jogador A é um computador e o jogador B é uma pessoa de qualquer sexo. Desse modo, o papel do interrogador não é determinar quem é homem e quem é mulher, mas sim quem é um computador e quem é humano.
O problema fundamental com a interpretação padrão é que o interrogador não consegue diferenciar qual respondedor é humano e qual é a máquina. Existem vários questionamentos sobre essa versão, mas a interpretação padrão geralmente considera essa limitação como algo que deve ser levado em consideração.
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Em conclusão, podemos afirmar que, embora o Teste de Turing tenha suas falácias, ele continua sendo um dos testes mais proeminentes que podemos usar para testar a inteligência dos computadores.
Um assunto complexo, mas muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉