O polígrafo, conhecido popularmente como detector de mentiras, é um aparelho projetado para analisar reações fisiológicas a perguntas na tentativa de determinar se uma pessoa está falando a verdade ou não.
Apesar de aparentar ser algo muito certeiro, a precisão do polígrafo tem sido amplamente contestada por grupos como a National Academy of Science, mas ainda assim, esse aparelho é rotineiramente usado para interrogar suspeitos de crimes.
Embora uma pessoa possa ser instruída a responder todas as perguntas honestamente, o detector de mentiras é projetado para medir as respostas a “mentiras inocentes”, o que significa que pessoas verdadeiramente honestas ainda correm o risco de gerar um falso positivo no teste.
Por conta dessa “brecha no sistema”, muitas pessoas podem desejar ocultar as respostas a certas perguntas, sejam elas culpadas de irregularidades ou não. Felizmente para elas, não é tão difícil enganar um detector de mentiras, mas para entender como isso funciona na prática, precisamos compreender primeiramente como o polígrafo funciona.
Entendendo como funciona um teste de detector de mentiras
Um teste do detector de mentiras inclui mais do que o tempo gasto conectado à máquina de polígrafo. O operador do aparelho começará a fazer observações no instante em que uma pessoa analisada entrar no centro de teste. Um polígrafo habilidoso notará e registrará pistas não-verbais associadas a mentiras, então é uma boa ideia conhecer tais “pistas” com antecedência.
A máquina de polígrafo registra a taxa de respiração, pressão sanguínea, taxa de pulso e transpiração da pessoa analisada. Máquinas mais sofisticadas incluem imagens de ressonância magnética (MRI) do cérebro. Dito isto, respostas fisiológicas a questões irrelevantes, diagnósticas e relevantes são comparadas para identificar mentiras.
Vale mencionar que as perguntas podem ser repetidas duas a três vezes. O sujeito também pode ser solicitado a mentir intencionalmente para ajudar o examinador a estabelecer os valores de linha de base. Além disso, o teste normalmente requer de uma a três horas para ser concluído, incluindo avaliação de histórico médico, explicação do funcionamento do teste e execução geral do processo.
Como enganar um detector de mentiras
A maioria das pessoas tende a ficar nervosa ao fazer um teste no detector de mentiras, quer pretendam mentir ou não, portanto, as respostas físicas aos nervos provavelmente não enganarão um detector de mentiras. A “boa notícia” é que vencer o teste de polígrafo tem tudo a ver com jogos mentais que afetam naturalmente as respostas físicas. Aqui estão algumas dicas para conseguir essa proeza:
- Se você quiser enganar o detector de mentiras, sua melhor aposta é ficar chateado, com medo e confuso durante todo o teste. Ainda assim, o objetivo é parecer calmo e controlado, apesar da turbulência interna. Por isso, lembre-se de experiências ruins ou resolva problemas matemáticos difíceis em sua cabeça para mantê-lo em um estado constante de excitação e estresse;
- Não fique com pressa para responder a qualquer pergunta. Primeiramente, identifique-a como irrelevante, relevante ou diagnóstica. As perguntas irrelevantes incluem pedir a você para confirmar seu nome ou se as luzes estão acesas na sala. Por outro lado, as perguntas relevantes são as mais importantes. Já as perguntas de diagnóstico são aquelas às quais a maioria das pessoas deveria responder “sim”, mas geralmente mentem. Um exemplo clássico é a pergunta: “Você já mentiu para se livrar de problemas?”
- Ao responder as perguntas, responda com firmeza, sem hesitação e sem humor. Seja cooperativo, mas não brinque ou aja excessivamente amigável.
- Responda “sim” ou “não” sempre que possível. Não explique as respostas, dê detalhes ou ofereça explicações. Se solicitado a explicar uma pergunta, responda: “O que mais você quer que eu diga?” ou “Não há realmente nada a dizer sobre isso.”
- Caso seja acusado de mentir, não caia nessa. No máximo, use a acusação como combustível para se sentir chateado e confuso. Na verdade, responder honestamente às perguntas diagnósticas pode dar ao examinador resultados conflitantes, portanto, esteja preparado para ser questionado com mais detalhes;
- Pratique quaisquer contramedidas antes do teste. Peça a alguém para lhe fazer perguntas prováveis. Esteja ciente de sua respiração e de como você reage a diferentes tipos de perguntas.
Uma palavra final
Lembre-se de que a aplicação dessas dicas pode permitir que você invalide o teste e seja capaz de enganar o detector de mentiras, mas na maioria dos casos, a maneira mais fácil de se submeter a um teste de polígrafo é abordando-o com honestidade.
Drogas e condições médicas podem afetar um teste de polígrafo, geralmente levando a um resultado inconclusivo. Por esse motivo, testes de drogas e um questionário de triagem são comumente aplicados antes de um teste no detector de mentiras. Os medicamentos que afetam a frequência cardíaca e a pressão arterial também podem afetar os resultados do polígrafo.
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Por último, vale destacar que, embora sociopatas e psicopatas diagnosticados possam ser excluídos do teste devido a uma capacidade potencial de controlar as respostas, outras condições médicas podem inviabilizar o teste. Por exemplo, pessoas que têm quadros de epilepsia, lesões nervosas, doenças cardíacas e que sofreram um derrame não devem fazer o teste.
No Fim das contas, enganar um detector de mentiras tem tudo a ver com estratégia, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉