De certo modo, todo mundo gosta de observar arco-íris. De fato, eles já inspiraram muitos poemas, canções e outros tipos de arte. No entanto, há um certo fenômeno óptico e meteorológico que, por ser bastante raro, consegue atrair ainda mais facilmente o olhar de curiosos. Do que estamos falando? Do arco-íris de fogo, é claro!
Ao longo desse artigo, você vai ficar por dentro das causas e do processo de formação desse fenômeno incomum e encantador.
A ciência por trás dos arcos-íris de fogo
Verdade seja dita, os arco-íris de fogo não são necessariamente arco-íris e não têm nada a ver com fogo! Dito isso, eles são certamente bonitos e, sempre que são vistos, poucas pessoas conseguem tirar fotos com a rapidez necessária. De fato, muitas dessas se tornam virais na internet porque se trata de um fenômeno muito raro!
O termo “arco-íris de fogo” foi aparentemente cunhado por um jornalista em 2006. É provável que os arcos-íris de fogo tenham sido chamados assim porque são formados em nuvens finas de alta altitude que se assemelham a chamas brilhantes iluminando o céu.
Steve Ackerman, professor de Ciências Atmosféricas e Oceânicas da Universidade de Wisconsin-Madison, avalia que muitas variáveis devem coincidir para que esse fenômeno espetacular ocorra. Um arco-íris de fogo é um dos poucos tipos de halos formados pela refração da luz em cristais de gelo que ocorrem tipicamente em nuvens cirrus (nuvens que possuem a aparência de novelos muito finos de cabelo branco).
O que causa um arco-íris de fogo?
Um arco-íris de fogo só costuma aparecer no céu quando condições muito específicas são atendidas. A primeira é a passagem da luz através das nuvens cirrus de alto nível em um ângulo específico.
Além disso, um arco-íris de fogo só pode ser visto quando o Sol está pelo menos 58º acima do horizonte. Nesse ponto, os cristais de gelo através dos quais a luz se desmonta em cores distintas precisam ter forma hexagonal, com suas faces paralelas ao solo.
Quando a luz entra pela face lateral desses cristais de gelo e sai pela face inferior, ela se refrata, o que significa que seu caminho de progressão muda (ou seja, ele se curva). Essa curvatura da luz é equivalente à curvatura da luz através de um prisma.
Se esses cristais estiverem alinhados perfeitamente, toda a seção da nuvem cirrus se comportará como um prisma, resultando em uma aparência semelhante a um arco-íris. Além disso, as nuvens cirrus são finas, o que lembra uma chama, sedo que é exatamente por isso que esse fenômeno é popularmente chamado de “arco-íris de fogo”.
Nuvem iridescente versus arco-íris de fogo
Um outro fenômeno óptico e meteorológico denominado nuvem iridescente costuma ser confundido com o arco-íris de fogo. Apesar da tal iridescência das nuvens parecer ser multicolorida como um arco-íris de fogo, esse fenômeno se origina da difração da luz, em vez da refração. Em termos básicos, a difração é a curva que a luz percorre quando ela encontra um obstáculo que não pode contornar.
Vale mencionar que, além dessas diferenças técnicas, também existem outras diferenças notáveis. Arcos-íris de fogo, por exemplo, sempre ocorrem em um local fixo em relação ao Sol ou à Lua, enquanto a iridescência das nuvens pode ocorrer em diferentes posições no céu.
Além disso, as faixas de cores em um arco-íris de fogo sempre correm horizontalmente com o vermelho do espectro de cores tradicional desse fenômeno podendo ser visto na parte superior, enquanto que o violeta é visto na parte inferior. No caso da nuvem iridescente, nem sempre é apresentada uma sequência fixa de cores, ou seja, a sequência de cores é aleatória.
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Um arco-íris de fogo é um dos fenômenos mais bonitos da natureza, pois combina perfeitamente com as cores do arco-íris e tem a aparência de uma chama. Por isso, se um dia você vier a testemunhar algo do tipo, considere-se uma pessoa de sorte, pois o simples ato de observar esse fenômeno raro é uma experiência para guardar para o resto da vida!
Um fenômeno muito interessante, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉