Como o cantor e compositor dos Beatles George Harrison já disse, “todas as coisas devem passar” e, de acordo com décadas de análises de modelos matemáticos e astronômicos, essas coisas também incluem o Sol. Então, a pergunta que fica é: como e quando será o fim do Sol?
Ao longo deste artigo, você vai descobrir que o principal astro do nosso sistema é atualmente uma estrela de meia-idade.
Compreendendo o fim do Sol
Embora a morte final da estrela mais próxima da Terra seja estimada em trilhões de anos no futuro, a “vida” do Sol em sua fase atual (na qual a fusão nuclear do hidrogênio permite que ele irradie energia e forneça pressão suficiente para evitar que sua estrutura entre em colapso sob sua própria massa) chegará ao fim em cerca de 5 bilhões de anos.
Após o Sol ter queimado a maior parte do hidrogênio em seu núcleo, ele fará a transição para sua próxima fase como uma gigante vermelha. Neste ponto, cerca de 5 bilhões de anos no futuro, a estrela do nosso sistema vai parar de gerar calor por meio da fusão nuclear, de modo que seu núcleo ficará instável e contraído, de acordo com a NASA.
Enquanto isso, a parte externa do Sol, que ainda conterá hidrogênio, se expandirá, brilhando em vermelho à medida que esfria. Essa expansão engolirá gradualmente os planetas vizinhos, Mercúrio e Vênus, e aumentará os ventos solares a ponto de aniquilar o campo magnético da Terra e retirar sua atmosfera.
Fim do Sol representará uma cadeia de eventos catastróficos
Evidentemente, a deflagração desse evento certamente será uma má notícia para qualquer que seja a vida que restar em nosso planeta até esse ponto, assumindo que alguma coisa sobreviverá ao aumento de 10% no brilho do Sol que vaporizará os oceanos da Terra daqui a 1,5 bilhão de anos, de acordo com um estudo de 2014 publicado no periódico Geophysical Research Letters.
O sol, então, começará a fundir o hélio que sobrou da fusão do hidrogênio em carbono e oxigênio, antes de finalmente colapsar em seu núcleo, deixando para trás uma linda nebulosa planetária (uma concha brilhante de plasma) em suas camadas externas conforme encolher até se tornar um astro do tamanho da Terra, incrivelmente denso e significativamente mais quente, resultando no que é conhecido como anã branca.
A nebulosa será visível por cerca de 10.000 anos, o que é um verdadeiro piscar de olhos no tempo cósmico. A partir daí, o que restar do Sol passará trilhões de anos se resfriando antes de se tornar um objeto não-emissor de energia.
Como foi possível chegar a essas constatações?
Para chegar a essa linha do tempo para o fim do Sol como o conhecemos e todas as estrelas de sua massa relativa, os cientistas precisaram analisar como ele emite energia, o que era difícil antes que a fusão nuclear em massas solares pudesse ser levada em consideração.
De acordo com o LiveScience, grande parte do conhecimento astronômico é relativamente novo, pois parte integrante da compreensão de como uma estrela funciona vem do entendimento das reações nucleares e da fusão.
Antes da década de 1930, uma das principais ideias de como as estrelas funcionam era que sua atividade vinha apenas da energia gravitacional, mas depois que os astrônomos e astrofísicos tiveram um melhor entendimento da fusão, eles foram capazes de criar modelos mais completos, juntamente com dados de emissão observados de outros astros semelhantes.
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No fim das contas, ao reunir muitas informações diferentes de várias estrelas distintas, astrônomos e astrofísicos finalmente puderam construir um modelo capaz de simular como as estrelas evoluem. Na prática, isso nos dá uma estimativa bastante precisa de vários temas relacionados, como a própria idade e o processo de evolução do Sol.
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