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De certo modo, podemos dizer que as águas-vivas são algumas das criaturas mais interessantes do planeta, afinal, elas não possuem cabeça, sistema circulatório e órgãos para respiração, mas podem picar e paralisar presas. No entanto, você já parou para pensar em como elas se alimentam?
Ao longo deste artigo, você vai ver que as estratégias de alimentação das águas-vivas comprovam que esses seres são ainda mais interessantes do que aparentam.
Entendendo como as águas-vivas se alimentam
Muitas as águas-vivas são alimentadoras “passivas”, o que significa que essas criaturas flutuam e comem tudo o que passam na água e podem caber em suas bocas; qualquer coisa, desde pequenos camarões e krill até peixes pequenos.
As águas-vivas normalmente têm um grande sino de gordura (o pedaço que você pensaria como sua cabeça) e por baixo dele está pendurado o que chamamos de braços orais. No centro desses braços orais geralmente é possível encontrar a boca da água-viva presa à parte inferior do sino.
Muitas águas-vivas também têm longos tentáculos que pendem do sino. Ambos os braços e tentáculos orais têm células urticantes com farpas pontiagudas que podem picar e capturar presas à medida que seu corpo com formato de geleia passa por elas, muitas vezes também injetando um veneno para paralisar suas vítimas para que não possam se mover.
Na maioria dos casos, as águas-vivas movem lentamente a presa em direção à boca, puxando-a com o auxílio de seus tentáculos e braços orais. No vídeo abaixo, você pode ver uma água-viva contraindo seu tentáculo e puxando um pequeno peixe pela água:
Manchas oculares
Outro fato interessante quando se trata de águas-vivas e seus hábitos alimentares é que algumas delas têm muitas bocas minúsculas (centenas ou até milhares), em vez de uma única boca grande. Essas “bocas” estão espalhadas ao longo de seus longos braços orais e podem pegar presas da água enquanto flutuam.
Você também pode se perguntar como as águas-vivas podem enxergar, já que elas não têm olhos da mesma maneira que você e eu. Pois bem, na verdade, o que elas têm são estruturas chamadas ropálios, localizadas geralmente em torno da borda do sino citado anteriormente.
Na prática, esses órgãos sensoriais ajudam a água-viva a distinguir o que está em cima do que está em baixo e a permanecer no caminho certo enquanto flutua na água. Os ropálios também podem sentir mudanças na luz, o que é muito importante para que essas criaturas possam ver e caçar suas presas.
Ainda assim, é importante deixar claro que as águas-vivas não estão nada interessadas em ferir seres humanos. Obviamente, elas podem te machucar se você chegar encostar nelas, mas o fato é que essas criaturas geralmente não atacam as pessoas intencionalmente.
Então, elas também fazem cocô?
Uma vez que uma água-viva move sua presa para a cavidade do estômago, a presa é digerida por enzimas, que são substâncias químicas especiais que as ajudam a quebrar os alimentos e obter todos os nutrientes de que esses animais precisam para sobreviver. Na prática, é muito parecido com o que acontece em nossas próprias barrigas depois de uma refeição.
De acordo com o The Conversation, qualquer resíduo (ou seja, o cocô) volta pela boca. Isso ocorre porque as águas-vivas têm apenas uma abertura no estômago, então os resíduos saem pela mesma abertura que a comida entra.
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Ainda há muitas coisas que os cientistas não entendem completamente sobre as águas-vivas, por isso a necessidade de estudá-las. A comunidade científica ainda tenta descobrir quais espécies existem e onde no mundo podemos encontrá-las, afinal, quanto mais estudamos estas criaturas, mais ficamos fascinados.
Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉
