Todos nós devemos escovar os dentes pelo menos duas ou três vezes por dia, embora a maioria de nós acabe escovando apenas uma vez, o que é totalmente errado. Ainda assim, o hábito de escovar os dentes ou limpar a boca é apresentado a nós antes mesmo de atingirmos os 6 meses de idade.
Antes de nosso primeiro dente de leite marcar presença, as mães são instruídas a limpar as gengivas do bebê com um pano, que mais tarde é trocado por uma escova de dentes assim que os dentes começam a aparecer. Assim, a rotina de limpeza bucal é definida: acordamos todas as manhãs e escovamos os dentes com uma pasta de dente bonita e mentolada.
Mas, embora saibamos que escovar os dentes com uma escova e pasta de dente ajuda a manter nossos dentes saudáveis, como exatamente a pasta de dente faz isso?
O que a pasta de dente faz exatamente?
No mundo da odontologia, a pasta de dente é chamada de “dentifrício” e sua principal função é limpar mecanicamente os dentes com uma agenda básica de dois objetivos: o primeiro é manter os dentes limpos e saudáveis, evitando cáries; o segundo é dar a você um hálito limpo e agradável para que você consiga continuar vivendo o seu dia sem enfrentar constrangimentos.
Vale mencionar que esses problemas não são exclusivos de hoje. Cáries, problemas gengivais e mau hálito (ou “halitose”) nos atormentam há séculos e nossa espécie decidiu que seria importante combatê-los desde muito cedo.
Você pode ficar chocado ao saber que os humanos antigos (3000-5000 a.C.) já usavam uma versão de pasta de dente feita de casca de ovo, água e pedra-pomes. Não é surpreendente que a mistura toda tivesse um gosto horrível, e é por isso que a pasta de dente foi aprimorada ao longo do tempo.
No entanto, foi a teoria químio-parasitária de W.D Miller da cárie dentária que levou a grandes inovações na indústria de pasta de dente. A teoria afirma que a causa das cáries é a perda de cálcio do esmalte dos dentes pelos ácidos orgânicos, que são produzidos pelas bactérias orais ao entrarem em contato com os alimentos que consumimos.
A partir dessa constatação, os cremes dentais não só passaram a ter a obrigação de tratar as cáries, mas também resolver o mau hálito (halitose) e problemas gengivais. Desde o início dos anos 1900, os princípios básicos dos cremes dentais não sofreram grandes alterações se comparados aos que temos hoje, mas foram necessárias inúmeras descobertas na área da saúde, higiene dental e química para chegar a esse ponto.
Como a pasta de dente “limpa” os nossos dentes?
Na era moderna, os cremes dentais contam com um kit de ferramentas elaborado com ingredientes especializados para limpar os dentes. Em outras palavras, não estamos mais usando cascas de ovo ou pó de osso, obviamente.
Um ingrediente onipresente é o fluoreto, que é incluído para prevenir a cárie dentária, limitando a formação de tártaro e placa bacteriana nas superfícies dos dentes. Na prática, o fluoreto mata as bactérias que se fixam em nossos dentes e formam uma camada conhecida como placa.
Os compostos de flúor também desempenham um grande papel crucial na remineralização do esmalte dos dentes, como se estivessem substituindo tijolos em uma parede de estrutura robusta. Esses compostos são geralmente monofluorofosfato de sódio, fluoreto de sódio e fluoreto estanoso.
Além do fluoreto, um agente abrasivo é incluído para limpar mecanicamente os dentes. Com isso, quaisquer pedacinhos de comida presos em seus dentes serão removidos com minerais diminutos como carbonato de cálcio, carbonato de magnésio ou gel de sílica.
Para auxiliar o agente abrasivo também é incluído na pasta de dente um agente detergente (sim, os detergentes não são apenas uma parte da sua rotina de limpeza de louças). Basicamente, eles tornam tudo bonito e escorregadio para que, quando você for escovar os dentes, os detritos possam ser removidos com facilidade.
Os agentes detergentes mais usados são o lauril sulfato de sódio e lauril sarcosinato de sódio.
Uma palavra final
Além dos produtos químicos de limpeza, existem também alguns agentes que entram em cena para fazer a sua pasta de dente durar muito tempo na prateleira. Existem umectantes que evitam que a pasta de dente seque no tubo e um agente de ligação que mantém todos os outros produtos químicos em uma bela forma de gel.
Por último, existe os aromatizantes que dão um sabor agradável à pasta de dentes, por isso não nos importamos de usá-la duas vezes ou mais por dia!
Curiosamente, há uma preocupação popular de que os produtos químicos na pasta de dente não são bons para nós, mas há evidências significativas sugerindo o contrário. Há muitas evidências de que os vários agentes terapêuticos e abrasivos nas pastas de dente melhoram a higiene oral. Por exemplo, o flúor presente no creme dental previne cáries e também auxilia na remineralização do esmalte.
Para as pessoas que têm sensibilidade ao calor e ao frio ao comer ou beber, um creme dental contendo flúor estanoso pode reduzir essa sensibilidade nos dentes. A presença de triclosan nas pastas de dentes também é eficaz na redução de problemas gengivais e mau hálito.
Leia Também: Quantas vezes devemos escovar os dentes por dia?
Leia Também: Quais são os benefícios do suco de uva integral para a saúde?
No fim das contas, essa mistura de ingredientes significa que o uso do creme dental é imprescindível para atingir uma saúde bucal ideal!
A composição da pasta de dente é muito mais complexa do que parece, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉