Zona Curiosa
Durante a infância, as crianças estão em constante ritmo de aprendizado e descoberta de coisas novas. É nesse mesmo período que elas começam a desenvolver sua linguagem e usam várias ferramentas para isso. Livros didáticos, brincar com seus animais de pelúcias e inventar um amigo imaginário são algumas das várias formas que o desenvolvimento pode acontecer.
Alguns pais ficam assustados com a ideia de seus filhos conversarem com um amigo invisível e acabam repreendendo e punindo as crianças para que parem com esse comportamento, mas isso não é muito diferente de brincar com bonecas e outros brinquedos como se eles estivessem vivos. A psicologia explica esse fenômeno de forma bem simples, vamos entender?
O que é um amigo imaginário?
Um amigo imaginário — como o próprio nome já diz — é uma criação do imaginário da criança durante a fase lúdica da infância, podendo aparecer sozinho ou em grupo. Ele pode assumir diversas formas, desde um humano até um centauro.
Apesar de que não seja confirmado que as crianças podem realmente os vê-los, elas podem indicar vários detalhes sobre eles como nome, aparência e comportamento. Normalmente as conversas com esses amigos são pautadas em aventuras fantasiosas ou brincadeiras entre eles e apesar de gerar preocupação nos pais, esse é um sintoma totalmente normal da inteligência e desenvolvimento social da criança.
Os primeiros estudos sobre o tema surgiram em 1890, apesar de ter pouco conteúdo do que foi estudo naquela época, entende-se que inicialmente os amigos imaginários eram tidos como seres sobrenaturais que de alguma forma tentavam se comunicar e estabelecer uma comunicação com o mundo dos vivos.
Vários filmes da cultura pop pegaram esse conceito inicial e usaram em suas adaptações cinematográficas, podemos citar ‘Donnie Darko’ e ‘O Sexto Sentido’ como exemplos.
Leia também: Viena: As 12 Melhores Curiosidades sobre a Cidade
O que a psicologia diz sobre isso?
Estudos da psicologia afirmam que um amigo imaginário pode ajudar a criança no desenvolvimento de algumas competências socioemocionais como imaginação criativa, iniciativa social, tolerância a frustração e empatia.
É completamente saudável a invenção de um amigo imaginário, ele pode servir de suporte emocional para a criança durante alguma fase ruim, muitas vezes ele é criado para ajuda com um trauma. Apesar de não ter uma idade certa para essa amizade chegar ao fim, as pesquisas indicam que a maioria só dura até a primeira infância — Dos 0 aos 6 — e que as memórias, bem como os detalhes vão sendo lentamente apagadas até se tornaram vagas lembranças ou serem esquecidas completamente.
Leia também: Koo | Conheça a Rede Social Indiana Que Conquistou os Brasileiros
Como lidar
É importante observar o comportamento da criança para saber se esse amigo está a influenciando positivamente ou não. Fazer perguntas pode abranger as ideias além de ajudar a entender os gostos e interesses da criança.
Em caso de sinais positivos, fará bem embarcar na brincadeira e começar a tratar o amigo imaginário como algo mais tangível. Atitudes como separar um local na mesa, participar das brincadeiras e perguntar mais sobre o amigo pode ajudar com a aproximação da criança, firmando os laços afetivos cada vez mais.
Mas pode existir um tipo de influência negativa vindo de um amigo imaginário? Alguns estudos afirmam que apenas em poucos casos um amigo imaginário influenciará negativamente a criança, já que na maior parte das vezes ela que está no controle da situação. É óbvio que existem casos onde o amigo é descrito como perturbador e violento, se deve ficar bem atento com isso.
