É bastante provável que você já tenha percebido que o mercado de produtos light se expandiu nos últimos anos. De certo modo, isso se deve à crescente preocupação da população com a importância de se ter uma composição corporal saudável, especialmente quando se trata de emagrecer. No entanto, a verdade é que esses itens nem sempre são a escolha certa para atingir esse objetivo.
Uma coisa que devemos ter em mente é que a perda de peso não depende inteiramente de um fator simples, como a inclusão de um determinado produto em nossa dieta. Em vez disso, o emagrecimento é o resultado de uma série de hábitos de vida saudáveis combinados e praticados com regularidade.
Alimentos light ainda contêm açúcar
De um modo geral, os alimentos light têm uma densidade de energia reduzida em comparação com seus equivalentes tradicionais, mas o açúcar (um grande vilão do emagrecimento) ainda é utilizado nesses produtos. Este ingrediente costuma fazer parte das receitas para aprimorar o sabor dos alimentos, pois, sem a presença de lipídios, esses produtos ficariam sem gosto ou com um sabor ruim.
Além disso, é importante destacar que muitas vezes a indústria alimentícia compensa a redução de açúcar por gordura ou sal, o que acaba deixando o alimento ainda mais calórico que a sua versão considerada “normal”.
Quando o objetivo é perder peso, não devemos nos concentrar apenas no equilíbrio de energia. É importante prestar atenção à qualidade dos nutrientes que comemos, uma vez que eles tendem a afetar os gastos do corpo e a maneira como o corpo usa a energia.
Lembre-se que a diferença entre diet e light costuma estar na quantidade de nutrientes retirados do produto. Enquanto os alimentos diet apresentam zero ou apenas uma quantidade mínima de açúcar, os alimentos light são classificados assim por causa da redução de algum nutriente, que deve ser de pelo menos 25%. Por exemplo, 200 ml de um refrigerante normal tem cerca de 20g de açúcar, mas um refrigerante light pode ter até 16g de açúcar, enquanto a versão diet tem 0g de açúcar.
Produtos light nem sempre são saudáveis
Além das maiores concentrações de gordura e sódio, é comum que muitos alimentos light tenham uma dose considerável de aditivos químicos. Na prática, esses aditivos têm como objetivo melhorar o sabor e a preservação dos produtos, mas acabam sendo incluídos no grupo de produtos ultraprocessados.
Vale mencionar que a maioria dos aditivos alimentares são seguros para a nossa saúde a médio e longo prazo, mas os adoçantes artificiais também fazem parte deste grupo e seu consumo é bastante controverso.
De acordo com pesquisas publicadas no periódico Food and Chemical Toxicology, essa classe de substâncias pode impactar negativamente a biodiversidade da microbiota e, consequentemente, causar danos a quem as consome.
Também devemos levar em consideração que mudanças no perfil da microbiota podem dificultar a perda de peso. Apesar de haver muito a saber neste campo, há uma conexão entre os processos de disbiose (desequilíbrio na flora bacteriana intestinal) e uma maior prevalência de obesidade. Por esse motivo, os suplementos probióticos, que melhoram a saúde da microbiota, muitas vezes funcionam para melhorar a composição do nosso corpo.
No fim das contas, é melhor recorrer a hábitos mais saudáveis
Como você pode ver, alimentos light não são necessariamente uma boa opção para perder peso. De fato, em alguns casos, eles podem até gerar o efeito contrário, dada a presença de açúcares simples e aditivos em sua composição. Se você os consumir regularmente, também poderá promover uma mudança no perfil da sua microbiota intestinal, alterando seu metabolismo.
Com isso em mente, ao invés de optar por alimentos light, é muito mais eficiente promover hábitos de vida saudáveis para perder peso. A prática diária de exercícios físicos, uma boa noite de sono e a ingestão de alimentos frescos em vez de processados industrialmente são algumas pequenas ações que ajudam a emagrecer de forma muito eficiente.
Também devemos notar que a rotulagem de produtos como “light” pode causar uma certa confusão na cabeça dos consumidores. Uma pessoa pode pensar, por exemplo, que um determinado alimento desse grupo possui poucas calorias e, portanto pode comer a porção que desejar sem nenhum efeito colateral.
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Obviamente, perder peso vai além de uma simples contagem matemática de calorias. Na verdade, existem outros fatores que influenciam decisivamente, como flexibilidade metabólica, qualidade do repouso ou equilíbrio hormonal. Por conta disso, subvalorizá-los pode levar a resultados ruins no médio e longo prazo, o que tende a causar frustração em quem busca emagrecer.
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