Quando uma tempestade começa a tomar o céu, ela costuma trazer consigo várias descargas atmosféricas. De fato, os raios parecem um arsenal de armas afiadas apunhalando as nuvens. Para alguns, a imagem é majestosa, enquanto para outros, é totalmente assustadora.
De um modo geral, a forma dos raios é o que mais intriga a maioria das pessoas, afinal de contas, eles não caem em linha reta. Dito isto, por que será que os raios caem em forma de zigue-zague? Por que você nunca vê um raio em linha reta? Por que a “forma ramificada” é o que vemos sempre que uma descarga desse tipo corta o céu? São essas as perguntas que abordaremos ao longo deste artigo!
Como se formam os raios?
O raio é basicamente uma corrente elétrica, embora seja milhares de vezes mais poderoso e perigoso que uma corrente elétrica comum. Para se ter uma ideia, a temperatura do raio pode chegar a cerca de 50 mil graus Celsius!
Na maioria dos casos, o raio é um tipo de corrente elétrica que ocorre entre as nuvens de tempestade, mas ocasionalmente se forma entre a nuvem e o solo, resultando em uma linha de relâmpago que podemos ver claramente.
A parte superior de uma nuvem de tempestade costuma apresentar uma temperatura muito baixa, abaixo do ponto de congelamento da água. Portanto, o vapor de água nas nuvens se transforma em gelo nesta região. Conforme a nuvem fica maior, esses pequenos pedaços de gelo começam a se chocar, resultando no acúmulo de uma carga elétrica.
As partículas mais leves e com carga positiva permanecem no topo da nuvem, enquanto as partículas pesadas com carga negativa (elétrons) permanecem na parte inferior da nuvem. Um raio é criado quando o acúmulo de carga elétrica é suficiente para criar um canal entre as duas partículas com carga oposta. No momento em que essas duas cargas se conectam, um relâmpago brilhante corta o céu.
Então, por que os raios não caem em linha reta?
Geralmente, os raios gostam de percorrer o caminho de menor resistência, ou seja, o caminho onde há uma oposição mínima ao seu fluxo, não uma linha reta, necessariamente.
Para entender isso, imagine que você tem um monte areia em uma praia. Agora, se você despejar água nele, bem no pico do monte, como a água flui para baixo? Ela percorre um caminho meio “torto”, não é mesmo? Pois bem, a mesma coisa acontece no caso dos raios.
O ar é feito de muitas coisas, incluindo certos gases, partículas de poeira, poluentes e outras substâncias. No entanto, essa mistura não é homogênea, o que significa que não é uniforme. O ar é desigual e irregular, de modo que quando um raio se forma (pela diferença de potencial das cargas), a descarga busca encontrar o caminho com a menor resistência possível.
O caminho que o raio “escolhe” não precisa ser uma linha reta, pois embora uma linha reta represente a “menor distância” entre dois pontos, ela não apresenta necessariamente “a menor resistência”. Desse modo, você nunca verá um raio cair em linha reta, pelo menos não no mundo real.
O raio sobe ou desce?
Essa é uma outra questão sobre raios que parece confundir muitas pessoas, então, só para esclarecer, os raios podem viajar em ambas as direções.
As partículas carregadas positivamente do solo começam a se mover para cima através do ar para encontrar as partículas carregadas negativamente que estão descendo do fundo das nuvens. Portanto, você até poderia dizer que todo o processo de relâmpago começa do solo e sobe, mas lembre-se que todo o processo é iniciado pela presença de uma carga elétrica nas nuvens.
O raio é um processo definido pelo fluxo de partículas carregadas em ambas as direções (para baixo e para cima). De fato, essa é a razão pela qual os relâmpagos sempre parecem “piscar”.
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Além disso, não se esqueça de que o raio sempre procura o caminho de menor resistência, então qualquer coisa no solo (como edifícios altos, torres, árvores ou até mesmo seres humanos) pode fornecer o caminho desejado. Dado esse fato, tenha em mente que é sempre uma boa ideia ficar em casa quando houver relâmpagos crepitando ao seu redor.
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