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Entrar no espírito natalino pode ser um desafio se você estiver enfrentando um emaranhado de luzes de Natal. Parece que não importa o quão bem esses fios cintilantes sejam embalados, eles de alguma forma acabam em uma bola de tormento na temporada de festas. Então, o que causa toda essa bagunça em plena época natalina?
Neste artigo, analisaremos as descobertas feitas por pesquisadores que decidiram investigar esse problema a fundo.
Estudando as luzes de Natal
Em 2007, pesquisadores publicaram um estudo na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) explicando o que causa esse fenômeno indutor de dores de cabeça. Para o experimento, eles colocaram vários comprimentos de fios de luzes de Natal dentro de uma caixa e a sacudiram mecanicamente para que os fios fossem agitados em diversos padrões de movimento.
Os cientistas repetiram o processo mais de 3.400 vezes e notaram que os nós começaram a se formar poucos segundos após a caixa começar a ser girada. Ao longo do experimento, mais de 120 tipos de nós se formaram.
“Não demorou muito para que os nós se formassem, talvez cerca de dez segundos. Fomos surpreendidos por isso”, disse ao site LiveScience o cientista Douglas Smith, professor do Departamento de Física da Universidade da Califórnia em San Diego e um dos autores do estudo.
A conclusão do estudo e as razões por trás do entrelaçamento de fios
Com tudo o que foi analisado no estudo, ficou claro que alguns fatores tendem a facilitar a formação de nós nos fios. O primeiro deles é o comprimento do fio: na prática, quanto mais longo, maior costuma ser o número de nós no pisca-pisca. O mais longo usado no experimento tinha 4,6 metros.
Além disso, o material do qual o fio das luzes de Natal é feito também influencia a experiência. Aqueles que são mais flexíveis, e que talvez sejam melhores para uma bela decoração de Natal, são, na verdade, os mais problemáticos. Isso ficou constatado pelo fato de que os fios mais rígidos apresentaram menor incidência de nós ao longo dos testes.
Ainda assim, o principal fator por trás do entrelaçamento das luzes de Natal parece ser a liberdade das pontas do fio: ou seja, se as pontas estão soltas, elas vão se mover e se emaranhar mais facilmente. Dorian Raymer, outro autor do estudo, garante que estas são as maiores responsáveis pelo problema do emaranhamento.
“Os marinheiros sabem muito bem que você tem de controlar o que as pontas [de uma corda] estão fazendo para evitar nós. Senão, elas podem se enrolar por cima ou por baixo de outras partes do fio, o que vai levar à formação de nós”, explicou.
De acordo com Smith, as luzes de Natal são ainda piores que uma corda normal porque são mais facilmente entrelaçadas. “Pessoalmente, na minha experiência de usar pisca-pisca, essas protuberâncias das lâmpadas saindo do fio ajudam a causar mais fricção e se enroscam umas nas outras.”
Há como evitar isso?
Apesar de acontecer quase espontaneamente com todo mundo, os cientistas dizem que há maneiras de se evitar o problema. Um truque simples é o de enrolar as luzes num pedaço plano de papelão, antes de armazená-las em um recipiente fechado.
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Ainda assim, certifique-se de colar as pontas das luzes no papelão. Dessa forma, você as imobiliza e elas não ficam soltas e se agitam.
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