Você provavelmente deve se lembrar de algum caso envolvendo um atleta de elite que morreu no meio de um jogo ou durante um treinamento. Esse tipo de evento tende a ganhar bastante notoriedade e ocupar as primeiras páginas dos jornais, ainda que a morte súbita em atletas seja uma ocorrência não muito comum.
De um modo geral, as causas da morte súbita entre atletas podem variar consideravelmente a depender de muitos fatores. Ao longo deste artigo, iremos analisar as principais informações sobre esse fenômeno e suas possíveis causas.
O que é morte súbita?
Primeiramente, devemos definir o significado de morte súbita. Pois bem, basicamente, a morte súbita se dá quando o coração de uma pessoa para de forma inesperada e repentina. Geralmente acontece com pessoas saudáveis e em bom estado de saúde, o que inclui atletas.
A definição médica é “uma morte que ocorre paralelamente ao aparecimento dos sintomas”, ou “a morte inesperada de uma pessoa aparentemente sã”. Vítimas de morte súbita geralmente perdem a consciência completa, não respondem a nenhum estímulo e podem manter os olhos tanto abertos quanto fechados. A cor de sua pele pode ficar levemente arroxeada, à medida que o indivíduo para de respirar.
A desfibrilação tem ajudado a salvar muitas pessoas que ficaram momentaneamente inconscientes como resultado de um quadro inicial de morte súbita. No entanto, esse procedimento deve ser feito assim que os primeiros sintomas começarem, pois um choque elétrico no coração pode fazer o músculo trabalhar novamente e recuperar seu ritmo normal.
Se não houver um desfibrilador disponível, uma outra opção envolve administrar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) para prolongar o tempo de resposta da vítima até que alguém seja capaz de obter o aparelho.
Quais são as causas de morte súbita em atletas?
A grande maioria dessas mortes súbitas está relacionada a condições cardíacas subjacentes que não foram diagnosticadas anteriormente. Algumas causas específicas de morte cardíaca súbita em jovens atletas incluem:
Cardiomiopatia hipertrófica (CMH): Nessa condição geralmente hereditária, as paredes do músculo cardíaco ficam mais espessas. Consequentemente, o músculo mais espesso pode interromper o funcionamento adequado do coração, levando a batimentos cardíacos rápidos ou irregulares (arritmias), o que pode levar à morte cardíaca súbita. Essa é a causa mais comum de morte súbita relacionada ao coração em pessoas com menos de 30 anos.
Anormalidades da artéria coronária: Às vezes, as pessoas nascem com artérias cardíacas (artérias coronárias) conectadas de forma anormal. Desse modo, as artérias podem ficar comprimidas durante atividades físicas e não fornecer fluxo sanguíneo adequado ao coração.
Síndrome do QT longo: Esse distúrbio hereditário do ritmo cardíaco pode causar batimentos rápidos e caóticos, geralmente levando a desmaios. Jovens com síndrome do QT longo apresentam risco aumentado de morte súbita.
Em alguns casos, exercícios intensos são responsáveis diretos ou indiretos pela ocorrência de arritmias com risco de vida, segundo o Verywell Health. Da mesma forma, a ingestão de medicamentos para melhorar o desempenho físico pode aumentar o risco de desenvolvimento de algum problema cardíaco, embora as evidências tenham sido inconclusivas sobre seu envolvimento em mortes cardíacas súbitas.
Segundo um estudo de 2010 publicado na Sports Med Arthrosc Rehabil Ther Technol, uma morte súbita ocorre entre 200.000 atletas por ano, geralmente desencadeada durante a própria prática esportiva. A vítima geralmente é do sexo masculino e costuma estar associada a esportes como futebol, basquete, hóquei no gelo ou futebol americano, refletindo o grande número de atletas que participam desses esportes fisicamente exigentes.
É possível prevenir a morte súbita em atletas?
Primeiramente, é importante fazer um exame médico antes de competir ou participar de qualquer esporte. Dessa forma, o especialista poderá detectar certas anormalidades que podem eventualmente desencadear o evento fatal.
No entanto, isso não significa que seja possível prevenir 100% dos casos de morte súbita em atletas. O que podemos fazer, entretanto, é garantir que mais pessoas saibam como administrar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Isso é especialmente importante em locais onde não há desfibrilador, embora esse aparelho devesse ser obrigatório em qualquer espaço onde se pratique esporte de qualquer tipo ou nível.
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No geral, a forma mais eficiente de reduzir o risco de uma pessoa sofrer morte súbita é, paradoxalmente, fazer exercícios e, especialmente, em idade precoce. Ao fazer isso, torna-se mais fácil controlar os fatores de risco cardíaco, como hipertensão, diabetes, colesterol e obesidade.
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