Fazer ou não fazer algo é um tipo de questionamento que você deve ter em mente todos os dias. De fato, todos nós tomamos uma variedade de decisões todos os dias. Entre todas essas decisões cotidianas, a maioria delas não passa de escolhas comuns, mas algumas podem envolver até mesmo alguma forma de dilema ético. Mas, afinal de contas, você sabe o que é isso?
De um modo geral, as pequenas escolhas que você faz em sua vida diária provavelmente são muito diferentes das decisões éticas. As decisões éticas envolvem a análise de diferentes opções, eliminando aquelas com um ponto de vista antiético e escolhendo a melhor alternativa.
No entanto, para entendermos isso da melhor forma, precisamos esclarecer o que exatamente é a ética.
O que é ética?
Em termos básicos, podemos considerar que a ética é um conjunto de regras e valores que dita o que os humanos podem fazer. Geralmente são expressos em termos de direitos, deveres, benefícios para a sociedade, justiça e outras virtudes específicas.
Na prática, a ética é comumente usada para delinear uma estrutura abrangente capaz de estabelecer se uma determinada conduta é certa ou errada para indivíduos e grupos mais amplos da sociedade.
É importante reconhecer que nossa ética individual também deve se envolver com a ética de outras pessoas incluídas na situação, desde parentes a desconhecidos. As leis do país, as regras estabelecidas pela sociedade e as políticas estabelecidas pela organização para a qual trabalhamos, por exemplo, envolvem fundamentos e muitas outras considerações que governam a ética.
Dito isto, fazer “a coisa certa” torna-se uma combinação de ética pessoal, profissional e social.
Então, o que é um dilema ético?
Um dilema ético é um conflito entre alternativas, onde a escolha de qualquer uma delas levará ao comprometimento de algum princípio ético e, consequentemente, levará a uma violação ética. Uma característica crucial de um dilema ético é que a pessoa que se depara com ele tenta praticar ambos os atos conflitantes com base em uma forte bússola ética, mas não consegue, pois geralmente só pode escolher uma alternativa.
De um modo geral, quando as pessoas se deparam com um dilema ético, raramente ocorre uma falha ética por causa de uma tentação, mas simplesmente porque escolher qualquer uma das ações conflitantes envolverá o sacrifício de um princípio em que acreditam.
Abaixo, você pode conferir alguns exemplos de dilemas éticos:
- Seu colega sempre assume o crédito pelo seu trabalho e pelo trabalho dos outros. Então, você finalmente tem a chance de receber o crédito pelo trabalho dessa pessoa. Você faria isso?
- Um funcionário contratado do governo descobre que as agências de inteligência espionam seus cidadãos ilegalmente, mas está vinculado por contratos e legalidades para manter sua confidencialidade sobre a descoberta. Ele deve divulgar o que sabe?
- Enquanto responde a uma chamada de violência doméstica, um policial descobre que o agressor é o irmão do chefe de polícia, ao mesmo tempo em que o chefe de polícia diz ao policial para “fazer com que ele desapareça”. O que o policial deve fazer?
- Uma secretária descobre que seu próprio chefe está envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro. Ela deve entregá-lo à polícia ou não?
- Um médico se recusa a dar morfina a um paciente terminal, mas uma enfermeira observa que o paciente está em agonia. Ela deve obedecer o médico ou fornecer o analgésico ao paciente?
Como resolver um dilema ético?
Antes de definir sobre qual caminho é o mais ético, certifique-se de esclarecer o problema e as opções viáveis disponíveis. Muitas vezes, nossa mente se limita a duas opções conflitantes e não vê a presença de uma terceira opção. Quando isso não é possível, uma estratégia de três etapas pode ser formulada:
#1 Analisar as consequências: Quando você tem duas opções, considerar as consequências positivas e negativas ligadas a cada uma dessas opções lhe dá uma perspectiva mais ampla para tentar definir qual opção é a melhor. No entanto, não é suficiente contar o número de consequências boas e más que uma opção tem; também é importante observar o tipo e a quantidade de benefícios que ela traz.
#2 Analisar as ações: Olhe para essas opções de uma perspectiva totalmente diferente. Algumas ações são inerentemente boas (dizer a verdade, cumprir promessas), enquanto outras são naturalmente ruins (coerção, roubo). Dito isto, não importa o quanto de bom venha dessas más ações, a ação nunca será eticamente certa.
#3 Tomar uma decisão: Cada uma das abordagens acima atua como uma verificação das limitações da outra e, portanto, deve ser analisada em combinação. Quando você se deparar com uma situação difícil, considere falar com pessoas de confiança sobre a situação para obter mais conhecimento e encontrar uma possível solução.
Assim que a decisão for tomada, explique para aqueles que serão afetados quais foram as motivações por trás da sua decisão. Além disso, esteja atento a novos desenvolvimentos nessa situação que possam exigir que você faça mudanças em seu curso de ação.
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No fim das contas, tudo isso ajudará a refletir sobre suas ações anteriores e considerar se há algo que você pode fazer para evitar que um dilema ético aconteça novamente.
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