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Por que alguns símbolos diferem do nome do elemento na tabela periódica?

Descobertas feitas em nações e línguas distintas ajudam a explicar por que alguns símbolos diferem do nome do elemento na tabela periódica.

Se você der uma olhada numa tabela periódica, poderá observar que o símbolo químico do oxigênio é O, o que faz sentido, já que se trata da inicial do seu nome. O mesmo acontece com o cálcio, que é representado por um Ca. O hidrogênio também não fica de fora, sendo descrito por um simples H.

Por outro lado, se você analisar a tabela periódica com mais detalhismo, certamente observará algumas “esquisitices” relacionadas ao símbolo de determinado elemento químico e o seu respectivo nome, como, por exemplo, o mercúrio, que é representado pelo símbolo Hg, e pelo tungstênio, representado por uma surpreendente letra W.

Então, afinal de contas, por que os símbolos de alguns elementos são tão diferentes dos seus nomes?

As razões pelas quais alguns símbolos diferem do nome do elemento na tabela periódica

Tabela periódica
Foto: Pixabay

Existem alguns fatores que ajudam a explicar a dissonância entre os nomes dos elementos e seus símbolos. Quem diz isso é Sam Kean, autor de “The Disappearing Spoon”, um livro que conta a história da tabela periódica dos elementos. Segundo ele, a resposta para a pergunta central deste artigo está na natureza cosmopolita da tabela.

Na prática, o que acontece é que os elementos químicos foram descobertos e isolados por cientistas de várias partes do mundo. Sendo assim, muitas vezes esses eventos não eram registrados internacionalmente ou simplesmente ocorreram de forma independente em mais de um lugar, sempre sem deixar muito claro o responsável em ter alcançado o feito primeiro.

Desse modo, uma mesma substância poderia ter nomes diferentes em lugares distintos por décadas, assim como o nome de um elemento poderia vir de um idioma e seu símbolo de outro. De fato, esse é o caso do tungstênio. Seu símbolo é W porque os alemães sempre chamaram esse elemento de ‘wolfrâmio’.

Línguas antigas também contribuíram para toda essa “confusão”

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Foto: Marco Verch / Flickr

Vale destacar que outras incompatibilidades entre símbolos e nomes surgiram através de cientistas que usavam pesquisas de textos clássicos escritos em árabe, grego e latim.

Em épocas passadas, os cientistas tinham o costume de utilizar uma mistura dessas línguas para criar uma espécie de “linguagem comum entre a comunidade científica”. Um bom exemplo disso é o símbolo Hg para o mercúrio, que é assim porque deriva do latim “hydragyrum”, que por sua vez significa “prata líquida”.

Dmitri Mendeleev: o pai da tabela periódica

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Foto: Wikimedia Commons

A primeira tabela periódica a se tornar amplamente aceita foi a do químico russo Dmitri Mendeleev. Em 1869, ele formulou a lei periódica como uma dependência das propriedades químicas da massa atômica. Como nem todos os elementos eram conhecidos na época, havia lacunas em sua tabela periódica, de modo que Mendeleev usou com sucesso a lei periódica para prever propriedades de alguns dos elementos ausentes.

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A tabela periódica continua a evoluir com o progresso da ciência. Hoje, ela conta com 118 elementos posicionados em ordem crescente de número atômico, mas ainda não se sabe até que ponto a tabela se estenderá e se os padrões da parte conhecida da tabela continuarão a ser utilizados nessa região desconhecida.

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