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Por que tomamos vacinas no braço?

Quando se trata da administração da maioria das vacinas, o braço é a via de aplicação mais recomendada.

Nesses últimos meses, milhões de pessoas arregaçaram as mangas para receber a vacina contra a COVID-19, além das outras vacinas tradicionais. No entanto, você já se perguntou sobre o que há por trás do fato de que sempre tomamos vacinas no braço? Por que não recebemos essas doses numa outra parte do corpo?

Obviamente, é importante notar que nem todas as vacinas são administradas na forma de uma injeção intramuscular, já que algumas delas (como a vacina contra o rotavírus) são aplicadas por via oral. Ainda assim, o músculo deltoide, localizado na articulação do ombro, costuma ser o local de aplicação mais popular por conta de um conjunto interessante de fatores, como veremos ao longo deste artigo.

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Foto: Pixabay

Vacinas são aplicadas no braço por conta das células imunes

Os músculos são excelentes locais para a administração de vacinas porque o tecido muscular contém células imunológicas importantes. Em suma, essas células imunes reconhecem mais facilmente o antígeno, que costuma ser um minúsculo pedaço do vírus ou bactéria que é introduzido pela vacina que estimula uma resposta imune.

Sendo assim, as células imunológicas do tecido muscular captam esses antígenos e os apresentam aos gânglios linfáticos. A administração da vacina no tecido muscular mantém a vacina localizada, permitindo que as células imunológicas “soem o alarme” para outras células de defesa começarem a agir.

Uma vez que a vacina é reconhecida pelas células imunes no músculo, essas células carregam o antígeno para os gânglios linfáticos. Por sua vez, os gânglios linfáticos, componentes essenciais do nosso sistema imunológico, contêm mais células imunológicas que reconhecem os antígenos nas vacinas e iniciam o processo imunológico de criação de anticorpos.

Dito isto, muitas vacinas são injetadas na região do músculo deltoide do braço porque ele está próximo aos gânglios linfáticos localizados logo abaixo da axila. Em outras palavras, o músculo da região superior do braço é o que apresenta as melhores condições para a absorção do conteúdo das vacinas e, consequentemente, a imunização da pessoa.

Vale destacar que as pessoas que não podem receber vacinas no braço (como as que tiveram os membros amputados) recebem a dose na coxa, pois os vasos linfáticos não precisam viajar muito para chegar ao grande aglomerado de nódulos linfáticos localizado na virilha.

Vacinas no braço
Foto: Domínio Público

Tomamos vacinas no braço por que é mais prático

Além de toda a questão linfática que foi citada, é preciso ter em mente que tomar vacina no braço é algo muito mais prático. Você consegue se imaginar tirando as calças em uma clínica de vacinação em massa? Pois bem, enrolar a manga parece ser uma ação muito mais prática, não é mesmo?

Surtos de doenças infecciosas, como na temporada de gripe ou em meio a pandemias como a COVID-19, exigem que nosso sistema de saúde pública vacine o maior número possível de pessoas em um curto espaço de tempo. Por essas razões, aplicar a vacina no braço é preferível simplesmente porque esse membro é facilmente acessível.

Outro fator decisivo no local de administração da vacina é o tamanho do músculo. Por apresentar uma estrutura de tamanho considerável, o músculo deltoide também ajuda a reduzir a ocorrência de erros na administração de vacinas.

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Foto: Pixabay

Uma palavra final

A injeção de uma vacina no músculo deltoide pode resultar em inflamação ou dor no local da aplicação, mas as coisas poderiam ser piores. Se certas vacinas fossem administradas em outros locais, como no tecido adiposo, a chance de reação de irritação e inflamação aumentaria, visto que o tecido adiposo tem suprimento sanguíneo insuficiente que poderia levar à má absorção de alguns componentes da vacina.

As vacinas que incluem o uso de substâncias adjuvantes (ou componentes que aumentam a resposta imunológica ao antígeno) devem ser administradas no músculo deltoide para evitar irritações e inflamações generalizadas. Na prática, esses adjuvantes atuam de várias maneiras para estimular uma resposta imunológica mais forte.

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No fim das contas, ao levarmos tudo isso em consideração, fica mais fácil de entender que quando se trata da administração da maioria das vacinas, o braço é a via de aplicação mais recomendada.

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