Por que os humanos dançam?

Você já se perguntou por que os humanos dançam? Curiosamente, essa é uma pergunta que não pode ser respondida facilmente, pois a resposta está entrelaçada com a própria complexidade da espontaneidade da natureza humana.

Ainda assim, como veremos ao longo deste artigo, alguns estudos e evidências nos deram algumas dicas para responder a essa pergunta, fornecendo uma explicação plausível de por que os humanos dançam e o que os torna tão atraídos pelo movimento sincronizado do corpo.

Entendendo por que os humanos dançam

De um modo geral, é bastante provável que os humanos dançam por conta do mesmo motivo pelo qual a linguagem evoluiu: para permitir que pudéssemos nos envolver socialmente uns com os outros.

Pesquisadores descobriram que o DNA de um grupo de dançarinos profissionais compartilhava dois genes associados a uma predisposição para serem bons comunicadores sociais. Além disso, descobriu-se que esses dançarinos profissionais tinham níveis mais altos de serotonina, uma substância química conhecida por melhorar o humor em mamíferos.

Falando de uma perspectiva fisiológica, a dança é conhecida por estimular o córtex orbitofrontal do cérebro, que fica localizado logo atrás dos olhos. O córtex orbitofrontal é a principal  região de prazer re recompensa do cérebro, de modo que a quantidade de estimulação causada aqui pode, por exemplo, depender do quanto gostamos de uma determinada dança.

Além disso, a dança também ativa o cerebelo, localizado na base do cérebro, que é especificamente envolvido na coordenação e sincronização dos movimentos. Observa-se também que dançar promove uma ativação na área motora suplementar do cérebro, que é a área envolvida no planejamento de uma ação. Ou seja, pode-se dizer que sempre que uma dança é estimulada, nossa área motora complementar nos prepara previamente para o movimento!

Dançar promove o prazer e o bem-estar

A primeira razão pela qual obtemos tanto prazer em dançar é que algumas áreas do cérebro relacionadas à recompensa estão conectadas às áreas motoras, responsáveis pelo movimento. Além disso, pesquisas recentes sugerem que somos sensíveis aos movimentos dos corpos dos outros.

Os pesquisadores descobriram que regiões cerebrais semelhantes são ativadas quando certos movimentos são feitos e observados. Eles descobriram que as regiões motoras dos cérebros dos dançarinos profissionais ficam mais estimuladas ao assistir outros dançarinos em comparação com a observação de pessoas que não dançam.

Uma palavra final

Como você pode ver, há uma série de coisas que podem acionar os centros de recompensa de nosso cérebro através das danças, de modo que o movimento coordenado é apenas uma delas.

Dançar ao som de música essencialmente refina as habilidades de movimento dos seres humanos, melhorando sua coordenação, tempo e ritmo. De fato, podemos usar como exemplo até mesmo a capoeira, que parece uma dança camuflada como uma arte marcial, ou vice-versa.

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Vale destacar que muitas das cenas de luta nos filmes são coreografadas e praticadas junto com música, tornando o dublê mais hábil nos movimentos e dando a eles o prazer da música e da execução de ações específicas ao mesmo tempo.

Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉