O dólar é uma das moedas mais comercializadas, de modo que quase todo mundo já viu uma de suas cédulas, nem que seja através da TV ou da tela de um computador. De certo modo, uma das principais características dos dólares é que todas as notas são verdes, mas será que você sabe qual seria a explicação por trás disso?
Acontece que os dólares verdes surgiram como uma maneira de frustrar os planos de falsificadores. Nas décadas que antecederam a Guerra Civil, a moeda dos Estados Unidos era impressa por bancos privados e apoiados pelo Estado em uma variedade de tamanhos e denominações.
A razão pela qual os dólares são verdes
As notas devidamente padronizadas pelo governo dos EUA surgiram a partir da década de 1860, quando passaram a ser conhecidas como “greenbacks” porque os versos dos dólares eram impressos em tinta verde. De acordo com o History, a aplicação da tinta verde era uma medida anti-falsificação usada para evitar imitações fotográficas, já que as câmeras da época só conseguiam tirar fotos em preto e branco.
A falsificação é altamente perigosa para o sistema monetário porque faz com que o valor do dinheiro real diminua. Em casos do tipo, as pessoas acabam precisando de mais notas de dólar e, portanto, de mais dinheiro para comprar coisas. Em outras palavras, a tinta verde especial foi apenas uma ferramenta que o governo estadunidense decidiu adotar para proteger o sistema financeiro dos falsificadores.
Além disso, é importante mencionar que havia muita tinta verde para o governo usar quando começou a imprimir os dólares como os conhecemos. Da mesma forma, a cor verde também não desbota nem se decompõe facilmente, o que ajudou ainda mais na sua popularização.
Quando o dinheiro dos EUA apresentava cores diferentes
Na América Colonial, as colônias imprimiam sua própria moeda por vários motivos. Uma das principais razões era que os colonos muitas vezes não tinham moedas suficientes para comprar comida e utensílios domésticos. Assim, as cédulas coloniais muitas vezes destinavam-se a dar aos colonos certa praticidade comprar o que precisavam ou queriam.
Este dinheiro era originalmente produzido com um papel bronzeado e com tinta preta ou vermelha. Durante a Revolução Americana, o Congresso Continental imprimiu um dinheiro que apresentava uma cor marrom era chamado de dólar continental.
Assim como a cor verde do papel-moeda atual, o Congresso Continental utilizava um tipo específico de material que só ele poderia comprar para evitar a falsificação. O papel era feito de tecido, às vezes seda e isinglass, que é um material feito a partir de bexigas secas de peixe.
Os dólares depois da revolução
O governo dos EUA não imprimiu nenhum papel-moeda por muito tempo após a Revolução Americana, pois o Congresso acreditava que os americanos confiariam mais em moedas do que em dinheiro de papel. De um modo geral, as pessoas já não confiavam mais no papel-moeda em grande parte porque existia muito dinheiro falso durante a Revolução. Além disso, as moedas de ouro e prata eram confiáveis porque eram feitas de metais valiosos.
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Foi somente em 1862 que o Congresso finalmente aprovou uma lei chamada Legal Tender Act, permitindo que o governo federal imprimisse os dólares em papel. Nos dias atuais, os dólares continuam verdes porque o governo simplesmente não vê motivos reais para mudar a cor. Hoje, custa cerca de 5 centavos para produzir cada nota de US$ 1 e cerca de 13 centavos para fazer uma nota de US$ 100, a maior denominação atualmente em circulação.
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