Se você costuma ficar ligado nos noticiários, deve ter percebido um certo aumento no número de casos de ataque de cães contra crianças. Mesmo assim, o que muita gente ainda parece ignorar é que existe um conjunto de razões que ajuda a explicar por que as crianças têm sido mais propensas a esse tipo de situação.
Ao longo deste artigo, discutiremos as principais razões pelas quais os cães se tornam agressivos mais facilmente com relação às crianças, além de citarmos algumas formas de evitar esses ataques e outros detalhes importantes que devemos ter em mente.
Crianças tendem a ser atacadas por cães por causa de erros de comunicação
Como regra geral, os adultos devem sempre monitorar a interação entre crianças e cães. Caso contrário, existe uma grande probabilidade de que a comunicação deficiente termine em uma mordida, que pode ser muito grave dependendo do tamanho do cão.
As pessoas tendem a confiar muito em seus cães, especialmente se eles nunca apresentaram sinais de agressão. No entanto, os cães fazem o uso de uma linguagem corporal tão específica que até mesmo os adultos podem não saber como interpretar. Então, o que acontece em específico com as crianças?
Pois bem, as crianças possuem habilidades cognitivas (como percepção, atenção ou memória) pouco desenvolvidas, especialmente antes dos seis anos de idade, o que as torna especialmente vulneráveis a mal-entendidos. Em outras palavras, as crianças não têm a mesma “noção de perigo” que os adultos.
Antes de um ataque, o cão nos envia uma série de sinais de alerta, como mostrar os dentes ou rosnar, o que nos diz que o cão se sente desconfortável o suficiente para atacar. Esses sinais físicos são óbvios para os adultos, mas não para as crianças. Dito isto, os principais comportamentos negativos em crianças em relação aos cães geralmente incluem:
- Olhar fixamente para o cão;
- Puxar o rabo e as orelhas do animal;
- Não deixá-lo dormir ou descansar;
- Gritar;
- Abraçá-lo com força;
- Colocar os dedos na boca ou dentro das orelhas do cachorro.
Experiências desagradáveis também podem entrar em cena
De um modo geral, as crianças costumam ser muito invasivas, algo que nem todos os cães são capazes de entender e respeitar. Para eles, as crianças são simplesmente pequenos seres que gritam e atrapalham os seus momentos de descanso. Consequentemente, é a partir daí que uma associação negativa começa a ocorrer.
Se a criança agir de uma forma muito invasiva, o cão certamente vai passar a associar a simples presença da criança em questão como algo desagradável e até mesmo como algo ruim, aumentando seus níveis de estresse e levando a um ataque.
Como evitar que os cães ataquem crianças
Para prevenir as situações citadas acima, é imprescindível estar sempre presente na mesma sala quando a criança e o cão estão juntos. Não importa se temos total confiança em nossos cachorros de estimação, pois ações invasivas das crianças e até problemas de saúde por parte do animal podem desencadear uma resposta inesperada.
A partir de uma certa idade, podemos começar a explicar às crianças que os cães podem morder e causar danos bastante graves. Desse modo, torna-se importante ensiná-los a identificar certos traços do comportamento canino e a respeitar os brinquedos, a comida e a própria cama do cão, pois são itens que o cachorro tende a proteger constantemente.
Nos cães, a agressividade é um problema de comportamento muito sério, principalmente se for dirigida a crianças, caso em que passa a ser um problema de saúde pública. Por isso, em alguns casos mais graves, a solução imediata costuma ser encontrar um lar temporário para o cão até que ele possa ser acompanhado por um especialista.
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No fim das contas, lembre-se que manter em casa um cachorro que rosna ou agride crianças pode levar a ferimentos severos, por isso não é recomendável fazer qualquer tipo de terapia ou tratamento canino por conta própria sem a supervisão de um especialista.
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