É bem provável que você já tenha ouvido falar no Canal do Panamá, uma hidrovia construída artificialmente que liga o Oceano Pacífico ao Oceano Atlântico através do território panamenho. Esse canal, que conta com 77 km de extensão, foi uma grande conquista para os Estados Unidos, que há muito tempo esperavam obter uma conexão entre a América e o “resto mundo”.
De um modo geral, é possível dizer que a construção do canal não apenas tornou o comércio internacional mais fácil, como também mais barato e conveniente. Ao longo desse post, vamos abordar um pouco da história dessa importante obra na América Central.
A concepção da ideia que levaria à construção do Canal do Panamá
As primeiras propostas de construção de um canal através do Istmo do Panamá (uma estreita porção de terra entre o mar das Caraíbas e o oceano Pacífico) surgiram em 1534. Nessa época, o Imperador da Espanha e o Rei Carlos V ordenaram a realização de um estudo na região para determinar a possibilidade de construir um canal que permitisse viagens de navios do Peru para a Espanha através da América Central.
Além disso, havia também o entusiasmo que o canal daria à Espanha uma vantagem militar considerável sobre os portugueses. No entanto, a primeira tentativa de construir o canal só foi realmente colocada em prática em meados de janeiro de 1881 pela França. A obra seria chefiada pelo empresário e diplomata francês Ferdinand de Lesseps, que já havia projetado anteriormente a construção do Canal de Suez, no Egito.
Um projeto complexo
Apesar de Ferdinand de Lesseps ter sido uma mente brilhante em aspectos de tamanha dimensão, ele e sua equipe de construção enfrentaram muitos desafios, incluindo o clima rigoroso da região. Além disso, a selva extremamente densa e a rápida proliferação de doenças como febre amarela e malária causaram muitos problemas para o avanço do projeto.
Para se ter uma ideia, as condições eram tão desfavoráveis que em 1884 as estatísticas registravam uma média de 200 mortes por mês. Ao todo, os franceses perderam aproximadamente 22 mil trabalhadores e gastaram um total de US $ 287 milhões, o que obrigou o país a abandonar o projeto em 15 de maio de 1889.
A consolidação do Canal do Panamá
Após a desistência dos franceses, os Estados Unidos assumiram a construção em 1904 e, mesmo com as hostilidades envolvidas, conseguiram concluir o projeto. Isso foi possível principalmente por conta do massivo investimento financeiro governamental e do uso de técnicas até então inovadoras na área.
Vale destacar que a atuação dos EUA na construção do canal foi tão intensa que, através do financiamento de grupos separatistas locais, o país contribuiu para a independência do Panamá, que antes fazia parte da Colômbia.
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Depois de ganhar a independência, o Panamá cedeu os direitos do canal para os EUA como uma forma de “retribuir o favor”. Curiosamente, até hoje os americanos usam o Canal do Panamá para fins militares.
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