Ao longo de sua vida, você deve ter jogado baralho em várias oportunidades diferentes. No entanto, você já se perguntou por que o baralho tem 52 cartas? E por que há quatro naipes diferentes? Por que existem somente duas cores?
De um modo geral, essas são algumas boas perguntas para entendermos as origens dos jogos de cartas, mas para respondê-las precisamos voltar um pouco no tempo.
Um breve relato da história do jogo de baralho
Os primeiros jogos de cartas documentados foram encontrados na China. No entanto, as cartas em questão se resumiam a ladrilhos que se assemelhavam a dominós. As regras sobre como jogá-los, porém, se perderam no tempo.
Com o aumento do fluxo de comércio com a Europa no século 14, mercadores egípcios chegaram ao sul da Europa com um tipo remodelado de baralho para compartilhar e vender. As cartas eram feitas à mão, o que as tornava bastante caras e “elitistas” em alguns círculos, mas ainda assim se tornaram extremamente populares.
O conceito de um jogo simples e portátil se consolidou nas terras europeias e, com o advento da prensa de Gutenberg em 1440, a produção em grande escala das cartas de baralho tornou-as ainda mais acessíveis aos cidadãos comuns. Essencialmente, as cartas de baralho representaram uma das primeiras “tendências” reais da cultura popular como a conhecemos hoje.
Embora não haja um registro definitivo de quais jogos de cartas eram jogados na época, a maioria dos historiadores presume que esses jogos tinham regras ou diretrizes semelhantes aos nossos jogos atuais, pois mesmo 600 anos atrás, esses jogos de cartas podem parecer muito familiares para nós no século 21.
O surgimento dos naipes do baralho
Quando os primeiros europeus tiveram contato com as cartas de baralho, o jogo já contava com quatro naipes: Cálice, Espada, Dinheiro e Bastão. No entanto, essas classes não caíram muito bem na Itália, Espanha, Alemanha, Inglaterra e França, alguns dos primeiros países europeus a adotar cartas de baralho.
Eventualmente, os países germânicos trocaram os naipes para Copas, Nozes, Sinos e Folhas, enquanto a França e a Inglaterra adotaram Copas, Espadas, Ouros e Paus, os naipes com os quais nós estamos familiarizados. As cartas com esse estilo ficaram conhecidas como “cartas francesas” e também passaram a incluir as três cartas com figuras (valete, rainha e rei).
Embora esses elementos básicos sejam praticamente os mesmos vistos nas cartas de baralho modernas, existem algumas exceções. Os baralhos de cartas suíços, italianos, alemães e espanhóis vêm em tamanhos diferentes para permitir diferentes estilos de jogo e, ao longo dos séculos, centenas de naipes diferentes e variações de cartas com figuras foram feitas.
Então, por que existem 52 cartas?
Existem muitas teorias por trás disso, nenhuma das quais poderia ou pode ser comprovada corretamente, mas elas são bastante interessantes. A tese mais difundida é que os quatro naipes representam as quatro estações, enquanto as 52 cartas representam as 52 semanas de um ano.
Por sua vez, acredita-se que as treze cartas por naipe representam os treze ciclos lunares. Curiosamente, essa crença pode fazer muito sentido, já que os árabes eram muito bons em astronomia e podem ter estabelecido um padrão universal que todos podiam entender, antes mesmo da introdução do jogo em solo europeu.
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Dito isso, com a ampla gama de naipes, tamanhos de deck e cartas com figuras, os jogos de baralho provavelmente continuarão a evoluir com o passar do tempo. Jogar cartas ainda é muito divertido, especialmente quando conhecemos um pouco mais sobre a história delas!
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