Zona Curiosa
É bem provável que você já tenha percebido que com o aumento do calor, especialmente durante o verão, um problema muito comum nesta época do ano parece incomodar muitas pessoas: a proliferação dos mosquitos.
Além das incômodas picadas que causam coceiras, o zumbido desses insetos nos ouvidos, principalmente à noite, costuma deixar qualquer pessoa aborrecida com essas criaturas irritantes.
Mas, afinal de contas, qual é a verdadeira relação entre a variação da temperatura e a intensificação do surgimento de mosquitos? Existe mesmo uma razão científica por trás disso?
A curiosa relação entre altas temperaturas e a proliferação de mosquitos
Por mais incrível que possa parecer, realmente existe uma relação direta entre o calor e a capacidade de os mosquitos se multiplicarem. Basicamente, isso acontece porque em temperaturas elevadas, principalmente no verão, os ovos eclodem mais rápido.
Consequentemente, isso causa um aumento na população destes insetos, incluindo os Aedes aegypti (que transmite doenças como zika, dengue, febre amarela e chikungunya) e os Culex, os mosquitos em maior número em ambiente urbano.
O clima e a temperatura quente de algumas estações do ano em países tropicais favorecem as atividades fisiológicas e de comportamento dos insetos de maneira geral. Durante esse período, os mosquitos também adquirem mais energia para voo e reprodução, seja por conta da alimentação tanto do açúcar das plantas ou do sangue de animais e seres humanos.
Também vale mencionar que o ciclo de vida de um mosquito varia de acordo com a espécie, mas pode durar de uma até várias semanas.
Como se previnir dos mosquitos no calor?
Como é praticamente impossível passar todo o tempo dentro de alguma estrutura anti-mosquito, usar repelentes voláteis ainda é o método mais viável para afastar os mosquitos.
Basicamente, a maioria dos repelentes de mosquitos remove da pele o odor que atrai os insetos e age bloqueando o olfato dessas criaturas, impedindo-as de encontrar seu “alvo”. É assim que substâncias como a icaridina ou a dietiltoluamida (também conhecida como DEET) funcionam.
No entanto, embora a dietiltoluamida seja o repelente de insetos mais confiável disponível no momento, essa substância só permanece ativa por quatro horas após ter sido aplicada. Além disso, ela não é considerada totalmente segura em altas concentrações.
Vale destacar que óleos essenciais naturais, como a citronela ou o óleo da árvore do chá, parecem causar menos problemas de saúde, mas ainda assim são menos confiáveis.
Desse modo, a única proteção absolutamente segura seria uma barreira física, como telas contra mosquitos nas janelas, mosquiteiros sobre as camas ou roupas de proteção adequadas. Porém, como já foi dito anteriormente, é praticamente impossível fazer o uso dessas proteções 24 horas por dia.
Eles têm preferência por um tipo sanguíneo específico?
Muitas coisas diferentes podem fazer algumas pessoas parecerem mais “apetitosas” para os mosquitos. Em geral, os mosquitos seguem os odores e o dióxido de carbono que exalamos, mas vários estudos sobre o assunto ainda estão sendo desenvolvidos.
É importante mencionar que qualquer conhecimento nesse sentido é útil porque os cheiros “preferidos” pelos mosquitos podem ser usados como isca para atrai-los para longe dos humanos. Da mesma forma, os cientistas também podem tentar descobrir como criar produtos repelentes de mosquitos ainda mais eficazes.
No entanto, o que pouca gente sabe é que um dos atrativos mais incomuns é o seu tipo sanguíneo. Alguns estudos mostraram que os mosquitos preferem pessoas com sangue do tipo O.
Em 1972, um estudo publicado na revista Nature mostrou que os mosquitos Anopheles gambiae preferiam picar pessoas com sangue desse tipo. Um estudo mais recente, publicado em 2004, apresentou os mesmos resultados usando uma espécie diferente de mosquito, o Aedes albopictus.
É fácil entender como os mosquitos podem ser atraídos por diferentes odores, mas como eles podem saber qual é o tipo sanguíneo de uma pessoa? Bem, o estudo de 2004 também nos deu uma pista para isso: acontece que algumas pessoas secretam açúcares relacionados ao seu tipo sanguíneo.
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O estudo publicado no Journal of Medical Entomology em julho de 2004 dividiu os indivíduos envolvidos no teste em grupos. Na ocasião, foi descoberto que as pessoas com sangue do tipo O tiveram, em média, 83,3% das “taxas de aterrissagem” de mosquito, enquanto aqueles que eram do grupo sanguíneo A tiveram, em média, apenas 46,5% das “taxas de aterrissagem”.
Acredita-se que os mosquitos podem ser capazes de sentir os sacarídeos que as pessoas secretam da pele com base em diferentes tipos de sangue e, assim, usá-los para selecionar suas “vítimas preferidas”.
Os mosquitos são seres realmente irritantes, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉
