Antes da pandemia, cerca de 450 mil pessoas caminhavam pela Times Square de Nova York todos os dias! Agora, e se eu lhe dissesse que cada um desses 450 mil indivíduos deu um passeio completamente único por aquele espaço? Pois é, o que acontece é que cada ser humano na Terra tem seu jeito único de andar!
Ao longo deste artigo, você vai descobrir por que cada pessoa tem um jeito próprio de caminhar e as nuances por trás desses movimentos.
Por que cada pessoa tem um jeito único de andar?
O jeito de andar de cada pessoa depende de seu peso, alinhamento da coluna vertebral, comprimento dos membros, postura, velocidade, estilo e periodicidade do ciclo de sua marcha. Além disso, sua marcha ao correr tem um padrão diferente de sua marcha ao caminhar.
Você certamente já ouviu falar de reconhecimento facial, bem como de salas de alta segurança cujas portas abrem e fecham apenas com a análise oftalmológica de uma pessoa autorizada. Ainda mais comuns são os telefones que usam impressões digitais ou reconhecimento facial para desbloquear a tela inicial. Então, será que seu jeito de andar pode ser usado para determinar biometricamente sua identidade? A resposta é sim, absolutamente!
De fato, as pessoas fazem isso o tempo todo. Inconscientemente, identificamos nossos amigos e familiares pela maneira como eles andam, o que é tão facilmente reconhecível e peculiar a um indivíduo quanto seu senso de moda ou sua risada.
Vale destacar que existem até sensores que medem a pisada, ou seja, a pressão que uma pessoa exerce sobre os pés ao caminhar ou ficar em pé e a distribuição dessa pressão. Isso é denominado baropodometria. Em suma, essas informações podem nos dizer como uma pessoa se move ou mantém os pés enquanto caminha ou fica em pé.
Apenas os humanos têm um jeito de andar totalmente individual?
Não, os seres humanos não são os únicos animais que contam com passadas únicas. Cavalos, elefantes e praticamente qualquer animal com membros terá um andar distinto dos seus pares.
Curiosamente, os rastreadores de animais podem identificar espécies pela sua forma de andar. No entanto, ainda é extremamente difícil distinguir animais da mesma espécie unicamente pelo seu estilo de caminhar, afinal, é muito difícil detectar pequenas diferenças na maneira como os animais dobram seus membros durante o movimento. Ou seja, há muito espaço para melhorias nesta área.
Ainda assim, a pergunta que fica é: devemos dedicar recursos de pesquisa limitados para isso? Por que precisamos de uma ferramenta que possa reconhecer um animal pela maneira como ele anda? Bem, a possibilidade até existe, mas não há necessidade real de ter uma maneira tão complicada de rastrear animais, a menos que estejamos rastreando espécies em extinção.
Uma palavra final
Muitas pesquisas estão sendo direcionadas para o desenvolvimento de melhores maneiras de usar o jeito individual de andar como uma ferramenta de identificação, embora a análise da marcha também possa ser usada como uma ferramenta de diagnóstico.
Na prática, é possível detectar problemas musculares ou neurológicos em movimentos anormais da marcha, sendo que a análise do jeito de andar pode até ajudar a dizer se alguém está propenso a desenvolver a doença de Parkinson, por exemplo. A Asics, uma empresa multinacional de esportes, até produziu sapatos que melhor combinam com seu estilo de corrida, analisando o andar de cada indivíduo!
Pesquisas mostram que a análise da marcha é uma maneira bastante precisa de rastrear as pessoas com base em seu estilo de caminhada. Com esta tecnologia, as autoridades podem identificar um ladrão totalmente mascarado enquanto foge de um local de roubo por causa de seu estilo de corrida único. No entanto, a privacidade também se torna uma grande preocupação, já que as autoridades podem rastrear pessoas normais sem o seu consentimento.
Leia Também: Por que os animais não ficam doentes quando bebem água suja?
Leia Também: Por que os gatos adoram caixas de papelão?
No fim das contas, só o tempo dirá como essa tecnologia será usada, mas se a história e o avanço da humanidade mostraram alguma coisa é que as novas ferramentas sempre encontram uma maneira de ser usadas, independentemente dos impactos que possam causar.
A forma como nos locomovemos é muito interessante, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉