A infidelidade é inaceitável para muitos, mas ainda assim há um número considerável de pessoas envolvidas em traições. De um modo geral, a infidelidade costuma estar associada a resultados adversos, como depressão, violência doméstica, divórcio e até homicídio. Então, por que mesmo considerando todos esses efeitos negativos as pessoas ainda traem?
Bem, a questão da infidelidade é bem mais complexa do que parece, tanto é que a traição já foi tema de inúmeros estudos científicos, com vários deles sugerindo que existem certos aspectos primários que parecem tornar as pessoas mais propensas a serem infiéis.
Os fatores que ajudam a explicar por que as pessoas traem
De acordo com o Psychology Today, algumas das principais razões que levam homens e mulheres a praticar um ato de infidelidade incluem o tédio, a solidão, a vingança, a excitação que a situação desperta e até mesmo a busca por liberdade e intensidade sexual. Entretanto, as motivações que conduzem homens e mulheres à infidelidade parecem seguir caminhos bem diferentes.
Quando se trata das emoções, homens e mulheres “funcionam” de formas distintas. Os homens, quando traem suas companheiras, normalmente estão em busca de sexo e atenção, e não de um relacionamento afetivo. Além disso, os rapazes também tendem a pensar menos a respeito da situação e conseguem sair dela com mais facilidade, sem falar que eles se arriscam mais e se preocupam menos com a possibilidade de serem “pegos no flagra”.
Por outro lado, no caso das mulheres, elas geralmente avaliam mais a situação e traem principalmente na tentativa de preencher lacunas emocionais. Dessa forma, elas muitas vezes chegam a criar estreitos laços afetivos com seus amantes. Além de pensarem mais antes de decidir ter um caso, as mulheres também conseguem identificar melhor o perigo de perderem seus companheiros se forem descobertas.
Curiosamente, muitas traições também acontecem com frequência em momentos de grande vulnerabilidade ou mudanças importantes, como a perda de algum ente querido ou até mesmo com o surgimento de alguma doença grave na família.
Evolução também pode nos ajudar a entender por que as pessoas traem
Se analisarmos essa questão a partir do olhar da teoria evolutiva, veremos que a propensão de os homens serem mais promíscuos pode ter sido fortemente influenciada pela necessidade de espalhar as suas “sementes”. Por outro lado, as mulheres seriam mais motivadas a trair pela busca de parceiros com qualidades genéticas capazes de garantir uma prole saudável.
Ainda assim, é errôneo pensar que as nossas ancestrais não tinham mais de um parceiro! A diferença que deve ser observada é que elas buscavam isso mais no intuito de criar uma espécie de “plano b”, ou seja, para que elas tivessem um “substituto” que pudesse fornecer comida, abrigo e proteção no caso de morte dos seus respectivos companheiros.
Também vale destacar que as mulheres que tinham mais de um parceiro costumavam ter acesso a mais recursos, como alimentos e outras provisões, e talvez até gerassem mais filhos, o que dava origem a uma maior variação genética em sua linhagem.
Como contornar esse problema
Quando o assunto é relacionamentos, a verdade é que nós somos incapazes de controlar as vontades e as ações dos nossos parceiros. E, por mais que a gente tente completar a outra pessoa e fazê-la feliz, no fim das contas, se ela decidir nos trair, não há muito que possamos fazer a respeito.
Ainda assim, um bom começo para tentar resolver isso é promover uma conversa franca entre si, para que cada um possa definir o rumo a ser tomado. Dessa forma, fica pelo menos um pouco mais fácil identificar e estabelecer os limites da relação e, assim, causar menos sofrimento para os envolvidos.
Para uns, a infidelidade pode ser um sinal muito claro de que a relação já está morrendo, enquanto para outros ela é o choque definitivo que serve de motivação para a busca de uma nova abordagem.
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No fim das contas, o que resta tentar transformar a crise em uma nova oportunidade e pensar que, de certa forma, muitos casais já passaram por esse tipo de experiência e permaneceram juntos, mesmo com todas as dificuldades envolvidas.
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