É provável que você já saiba que Viagra é o nome comercial de um medicamento produzido através do fármaco sildenafila, sendo prescrito para homens que não conseguem manter uma ereção, mesmo quando são estimulados sexualmente. Mas, será que você sabe o que aconteceria se uma mulher resolvesse tomar esse mesmo medicamento?
À primeira vista, essa pergunta pode soar mais como uma piada sobre uma das drogas estimulantes sexuais mais conhecidas e comentadas na história dos produtos farmacêuticos, mas ao mesmo tempo ela nos fornece algumas informações interessantes sobre o “azulzinho”, como veremos ao longo deste artigo.
Como funciona o Viagra?
Antes de abordar a questão principal, precisamos entender primeiramente como o Viagra funciona nos homens. Pois bem, para a ereção dar certo, o sildenafil, o componente do Viagra, precisa aumentar o fluxo sanguíneo até o pênis. Segundo a BBC, esse mesmo composto, embora em menor quantidade, também é comumente usado em remédios que combatem a hipertensão pulmonar.
Na prática, o Viagra atua favorecendo o relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos (principal estrutura erétil do pênis), ao mesmo tempo em que promove a dilatação das artérias que levam o sangue até eles. Sendo assim, o medicamento favorece a entrada de sangue no pênis e, consequentemente, promove a ereção.
Ainda assim, é importante mencionar que, para que o Viagra seja eficaz, é necessário estímulo sexual.
Tá, mas o que acontece se uma mulher tomar Viagra?
Bem, um estudo realizado em 2003 no departamento de urologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, foi conduzido para examinar os efeitos do citrato de sildenafila (princípio ativo do Viagra) em mulheres com transtorno de excitação sexual feminina. Os resultados foram, no mínimo, surpreendentes.
Curiosamente, os pesquisadores descobriram que o medicamento “ajudou” as mulheres de várias maneiras. Elas relataram, por exemplo, um aumento na sensibilidade genital e uma maior satisfação durante momentos de estimulação individual e durante relações sexuais.
Por outro lado, algumas das mulheres também relataram alguns efeitos colaterais considerados leves, incluindo dor de cabeça, vermelhidão no corpo, rinite e náuseas.
Outro estudo confirmou os resultados
Um outro estudo, desta vez realizado pela ginecologista Ana Lúcia Cavalcanti como tese de doutorado apresentada no Departamento de Ginecologia da Universidade de São Paulo, também concluiu que o Viagra também é capaz de aumentar o prazer sexual feminino.
O estudo foi feito com 22 mulheres entre 49 e 59 anos, todas na menopausa e com alguma disfunção orgástica, como ausência ou retardo do prazer sexual. O resultado foi significativo, já que 99,9% das mulheres que tomaram o Viagra afirmaram aumento na lubrificação vaginal e 68,9% disseram que a intensidade do orgasmo e a sensibilidade do clitóris também cresceram.
Acredita-se que a explicação estaria no efeito vasodilatador, que assim como no pênis, aumentaria a circulação sanguínea, a sensibilidade, a lubrificação e a intensidade do orgasmo nas mulheres. No entanto, segundo a pesquisadora, também é preciso considerar o efeito psicológico, já que a sexualidade feminina envolve muito mais do que apenas as funções fisiológicas.
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Da mesma forma, é importante destacar que esse medicamento não costuma ser prescrito para mulheres. Na maioria dos casos, os médicos costumam indicar outros tratamentos que já se mostraram mais seguros e eficazes para esse tipo de problema.
Um assunto bastante curioso, não é mesmo? Se você gostou deste post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉