A mídia e a cultura popular ajudaram a espalhar o velho ditado de que o estresse pode causar o envelhecimento do cabelo, o que, em tese, pode ser visto em figuras públicas que vivem sob grande estresse e que ficam com os cabelos brancos em poucos anos. Mas será que isso é realmente verdade?
De certo modo, o estresse realmente pode deixar os cabelos brancos, mas o fato é que há muito mais nessa história. Se a sua cabeça já está ficando totalmente branca ou se você está pirando com os primeiros fios grisalhos ao se observar no espelho, este post é para você!
A ciência por trás do estresse e da cor dos cabelos
Exceto por uma deficiência de pigmento ou outro distúrbio do tipo, todas as pessoas têm cabelos que apresentam uma determinada cor. Esse processo de coloração começa bem no fundo dos folículos na cabeça, dos quais temos mais de 100 mil!
Na base dos folículos capilares, os queratinócitos (células da pele) acumulam gradualmente as células capilares de baixo para cima, explicando por que o cabelo muda gradualmente. Enquanto esse processo de construção ocorre, os melanócitos também trabalham arduamente, produzindo um pigmento denominado melanina e, em seguida, distribuindo-o aos queratinócitos.
Na prática, este pigmento de melanina para cabelos vem em duas variedades (marrom/preto e amarelo/laranja), de modo que alguma combinação desses padrões de cores resulta na infinita variedade de tons de cabelo que vemos ao nosso redor. No entanto, queratinócitos e melanócitos estão longe de ser imortais e, como a maioria das outras partes do corpo, eles acabam com o tempo.
O problema é que trazer novos melanócitos e queratinócitos requer o aproveitamento de nossas reservas de células-tronco, das quais existe uma quantidade limitada que sobrevive apenas um determinado período de tempo.
Os papéis da genética e do estresse nos cabelos brancos
O ponto crucial deste artigo, entretanto, é se o estresse tem algum efeito sobre esse processo de envelhecimento, e é aí que a discussão fica um pouco confusa. De um lado, não há como negar que algum elemento do envelhecimento tem a ver com a genética, uma vez que a calvície precoce, o envelhecimento precoce dos fios e a calvície de padrão masculino foram demonstrados como hereditários.
A quantidade de células-tronco, o número de ciclos de crescimento do cabelo por folículo e uma variedade de outros fatores são influenciados por nossa constituição genética básica, sobre a qual não podemos fazer muito.
No entanto, o estresse é algo pelo qual podemos fazer algo em nossas vidas. Para aqueles que não sabem, níveis elevados e crônicos de hormônios do estresse no corpo podem ser prejudiciais por uma série de razões, principalmente porque os hormônios do estresse causam inflamação nos tecidos e células do corpo.
Quando se trata de queratinócitos e folículos capilares, estudos mostram que essa inflamação pode levar à produção excessiva de radicais livres, que danificam as células saudáveis ou causam mutação. Isso pode fazer com que os melanócitos parem de funcionar ou sejam inibidos, promovendo uma forte ligação entre o estresse e os cabelos grisalhos.
Uma palavra final
É importante deixar claro que os hormônios do estresse (como adrenalina, cortisol e norepinefrina) não são necessariamente coisas ruins em nosso corpo. Na verdade, precisamos dos hormônios do estresse para ativar certos grupos musculares e fornecer aumentos de energia quando precisamos, mais comumente conhecida como a resposta de “luta e fuga” do corpo.
Por outro lado, quando permanecem no corpo, eles podem interromper a transmissão de informações, como os sinais neuroquímicos entre queratinócitos e melanócitos. A melanina pode estar em produção, mas as vias de sinalização são afetadas negativamente pelos hormônios do estresse, então a cor nunca chega ao cabelo.
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À medida que envelhecemos, é inevitável que nossos queratinócitos comecem a morrer naturalmente, deixando um mundo de raposas prateadas e deusas de cabelos brancos; no entanto, se você quiser desacelerar esse inevitável desbotamento, tentar reduzir o estresse é definitivamente uma maneira de permanecer jovem por mais tempo.
Dito isto, podemos concluir que nem todas as lendas urbanas são mitos…
Muito interessante, não é mesmo? Se você gostou desse post, não se esqueça de compartilhá-lo! 😉