Pesquisadores utilizando técnicas inovadoras de digitalização de imagens e instrumentação científica descobriram as tonalidades originais das esculturas do famoso Partenon, situado na Acrópole de Atenas há aproximadamente 2,5 mil anos. Expostas no Museu Britânico de Londres, as estátuas, agora brancas, revelaram vestígios de cores vívidas após análises não invasivas.
Técnica Luminescente Revela Cores Originais
Utilizando a técnica de luminescência induzida pelo visível, os pesquisadores detectaram vestígios de azul egípcio, um pigmento de cálcio, cobre e silício amplamente usado na antiguidade. Além disso, foram identificados vestígios de pigmentos branco e roxo, este último altamente valorizado na região do Mediterrâneo antigo.
Detalhes Intrigantes e Técnicas Artísticas
A pesquisa também revelou padrões intricados nas esculturas, como desenhos representando figuras humanas e folhas de palmeira. Os artistas demonstraram um foco maior na forma das obras do que na aderência à tinta, o que, ao longo do tempo, levou à perda das tonalidades originais. As técnicas variaram conforme a área da escultura, com diferentes abordagens para a reprodução de tecidos e da pele dos deuses e deusas do Olimpo.
Complexidade do Projeto e Significado Cultural
O estudo sugere que as esculturas do Partenon eram parte de um projeto mais complexo do que se pensava anteriormente. Além disso, ressalta a importância das cores para os antigos gregos, com as vestimentas elaboradas representando o poder dos deuses e a riqueza de Atenas. A descoberta oferece uma visão fascinante da antiga civilização grega e da maestria artística da época.